Roland abriu um restaurante em honra a Trump. Agora, arrisca ser deportado

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Casa Branca

Roland Beainy, um imigrante libanês que abriu uma cadeia de restaurantes de hambúrguers em honra a Donald Trump, arrisca agora ser deportado pelas políticas migratórias do Presidente norte-americano.

O dono de uma cadeia de restaurantes no Texas em honra a Donald Trump foi detido pelas autoridades migratórias e arrisca ser deportado dos Estados Unidos.

Roland Beainy, que se mudou do Líbano para os EUA em 2019, abriu o Trump Burger um ano depois. O restaurante incluía menus com nomes inspirados no Presidente, decorações de campanha e pães de hambúrguer com a inscrição “TRUMP”, apesar de não ter nenhuma ligação direta ao próprio chefe de Estado.

A cadeia tornou-se viral no início deste ano, quando os seus perfis nas redes sociais foram inundados com comentários sobre “chicken tacos” (tacos de frango), uma referência à sigla TACO (“Trump Always Chickens Out”, ou Trump É Sempre Cobarde), criada para descrever a sua abordagem de avanços e recuos nas tarifas.

O Trump Burger tem quatro restaurantes no Texas, de acordo com o seu site. Vários órgãos de imprensa locais já os visitaram para provar os pratos e dar uma ideia da atmosfera dos locais.

“Todas as unidades do Trump Burger esforçam-se para se superar em termos de estética nacionalista e de culto da personalidade“, escreveu Brittany Britto Garley no Eater Houston. Já sobre a comida em si, a autora garante que há hambúrgueres melhores em Houston.

Beainy e alguns dos seus restaurantes estão envolvidos em processos judiciais e os autos de uma ação judicial indicam que o dono da cadeia foi detido pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) no início deste ano.

O combate à imigração é uma das principais bandeiras de Donald Trump e a sua administração tem sido acusada de violar os direitos dos imigrantes devido à violência usada pelos agentes do ICE, detenções de imigrantes que estão legalmente nos EUA e incumprimento das ordens dos tribunais, havendo até casos de turistas ou cidadãos norte-americanos a ser presos. As más condições nos locais para onde os imigrantes estão a ser levados, como a mega-prisão em El Salvador ou o campo conhecido como “Alcatraz dos Jacarés“, na Flórida, também estão a ser contestadas.

Beainy, de 28 anos, entrou nos Estados Unidos como visitante não imigrante em 2019, mas permaneceu no país após a data de partida obrigatória, em fevereiro de 2024. O ICE confirma ao USA Today que foi detido a 16 de maio de 2025 e, a 13 de junho, um juiz de imigração aprovou a sua libertação sob fiança enquanto prossegue o seu processo.

Adriana Peixoto, ZAP //

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