O que é o Banksying — a nova forma tóxica de acabar com uma relação

A nova tendência tóxica nos relacionamentos, chamada “banksying”, é basicamente uma forma egoísta de surpreender um parceiro com uma rutura planeada em segredo — para proteger as próprias emoções.

Se de repente aquela pessoa especial acabar de surpresa com a relação, isso é… “banksying”.

Este comportamento tóxico envolve um parceiro que planeia secretamente a sua saída de uma relação — enquanto mantém uma fachada de normalidade, acabando por surpreender o parceiro desprevenido com uma rutura súbita.

O fenómeno herdou o nome do artista de rua Banksy, cujas obras aparecem inesperadamente, e resulta no inesperado fim de uma relação. Tal como as instalações do artista britânico, estas ruturas parecem surgir do nada — pelo menos da perspetiva da vítima.

Quem inicia a rutura normalmente passa semanas ou meses a desligar-se emocionalmente e a planear a sua partida, enquanto o parceiro permanece a leste do que está a acontecer, explica a Vice.

Esta atitude permite ao “banksy-er” processar o fim da relação nos seus próprios termos, deixando o parceiro chocado e confuso pela falta de aviso.

Amy Chan, coach de encontros e autora de “Breakup Bootcamp: The Science of Rewiring Your Heart“, explica ao USA Today que o banksying está a ocorrer com cada vez mais frequência, principalmente devido às aplicações de encontros e à deterioração da etiqueta nas relações.

“A pessoa que se afasta consegue processar a rutura nos seus próprios termos, antes de avisar a outra pessoa, que acaba por ficar em choque total”, explica Chan. “É egoísta. Mostra uma falta de maturidade emocional e uma forma de lidar com o conflito que está enraizada no fenómeno”.

Esta tendência reflete uma mudança cultural mais ampla em direção à autopreservação extrema, na qual os indivíduos dão prioridade a proteger as suas próprias emoções à custa da saúde mental e bem-estar do parceiro.

Sinais de alerta

O banksying pode ser difícil de identificar, porque quem o pratica adota frequentemente uma fachada sofisticada — podendo continuar a mostrar afeto e atenção enquanto planeia secretamente a sua fuga, tornando a deteção dos sintomas desafiante para os seus parceiros.

Os especialistas sugerem que devemos confiar nos sentimentos intuitivos sobre mudanças na relação, como alterações subtis na energia e padrões de comportamento, que podem sinalizar uma retirada emocional, mesmo quando os parceiros negam verbalmente qualquer problema.

Chan aconselha que não se ignore estes instintos: “Podem não estar a usar as suas palavras para nos dizer o que se passa — mas as suas ações estão. Podem mentir e dizer que está tudo ‘bem’, mas também tens de afirmar que não estás ‘bem’, porque consegues captar as pistas do distanciamento emocional”.

Segundo Chan, o nosso corpo reconhece frequentemente o distanciamento emocional antes de a mente o processar conscientemente — incluindo uma inexplicável ansiedade e até sintomas físicos.

Assim, conclui a coach de encontros, devemos dar atenção a esses sintomas e ao nosso instinto — estando preparados para a dia em que o “banksy-er” nos aparece com a famosa frase “precisamos de conversar“.

ZAP //

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