“Cascata de erros evitáveis” dos Serviços Secretos no atentado a Trump

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DAVID MAXWELL/EPA

Trump levanta-se após atentado

Relatório do Senado indica que o suspeito foi denunciado aos Serviços Secretos pelo menos 25 minutos antes do ataque.

Donald Trump foi baleado durante um comício na Pensilvânia, EUA, no ano passado. Na altura candidato a presidente dos EUA, Trump terá estado a centímetros da morte – segundo o FBI, foi mesmo uma tentativa de assassinato.

O ataque ocorreu no dia 13 de Julho de 2024. Precisamente um ano depois, o relatório do Senado faz graves acusações aos Serviços Secretos.

Os Serviços Secretos não partilharam com os guarda-costas informações importantes sobre o suspeito e sobre o nível de ameaça.

O relatório final de uma comissão do Senado dos EUA refere que houve “vários erros inaceitáveis no planeamento e na execução do evento”.

O documento indica que o suspeito foi denunciado aos Serviços Secretos pelo menos 25 minutos antes do ataque. Houve “graves deficiências” na coordenação e comunicação entre os Serviços Secretos e as agências policiais estaduais e locais.

As falhas começaram na preparação e continuaram durante o momento da campanha presidencial: “Não foi um erro único. Foi uma cascata de erros evitáveis que quase custaram a vida ao presidente Trump”, lê-se no texto.

O relatório assume assim que os Serviços Secretos foram negligentes a vários níveis, desde comunicação, planeamento e execução da segurança: “Não foi um único lapso de julgamento. Foi um colapso completo da segurança em todos os níveis — alimentado pela indiferença burocrática, falta de protocolos claros e uma recusa chocante em agir diante de ameaças directas”, acrescenta o senador Rand Paul.

Este novo documento reforça um relatório divulgado em Setembro do ano passado, que já apontava falhas na comunicação com as autoridades locais, que prejudicaram o desempenho dos Serviços Secretos dos EUA.

A então diretora dos Serviços Secretos, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo apenas 10 dias após o atentado.

O atirador tinha apenas 20 anos, chamava-se Thomas Matthew Crooks. Morreu no local do atentado, foi logo abatido pelos Serviços Secretos.

ZAP //

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