“Já muito tenho tolerado…”. Villas-Boas e Anselmi “aos murros”

Fernando Veludo / Lusa

O presidente do FC Porto, André Villas-Boas

Presidente “envergonhado” com desempenho portista no Mundial de Clubes. Treinador respondeu: “é difícil ver-me rendido”.

“Estalou o verniz” entre André Villas-Boas e o “provocador” Martín Anselmi. O presidente do FC Porto admitiu este domingo que se sentiu envergonhado com a exibição portista na derrota frente ao Inter Miami, e o técnico argentino não se deixou ficar.

O sucessor de Pinto da Costa e o jovem treinador, que chegou ao Dragão esta temporada, “desataram aos murros”.

“A exigência do FC Porto não é esta”, fez questão de frisar o líder portista perante os adeptos, em Nova Jérsia: “temos de nos envergonhar” na sequência da derrota perante Lionel Messi e companhia na quinta-feira passada.

“Este torneio não tem sido fácil para nós, como podem calcular. Infelizmente, não estivemos à altura das expectativas do FC Porto. Portanto, estou presente aqui com vocês com alguma tristeza pela última derrota que sofremos neste Mundial de Clubes, uma derrota que nos deve envergonhar”, disse Villas-Boas.

O presidente do FC Porto já tinha dito, a semana passada, no podcast “Men in Blazers”, que os dragões têm neste momento “um treinador provocador”.

“Focado” no próximo ano e no título “que os portistas merecem”, o presidente desabafou: “já muito tenho tolerado e está na altura de dar um murro na mesa”.

E o técnico argentino devolveu. Reconheceu a necessidade de dar um murro na mesa — “mas para o dar temos de ser claros quanto ao tipo de murro que temos de dar”, atirou, em conferência de imprensa no mesmo dia: “não é dar por dar”.

Anselmi partiu para elogios ao presidente dos azuis e brancos, e reconheceu que o orgulho do plantel está “ferido”.

“Desde que cheguei a Portugal conheci um presidente que dedica o tempo completo ao FC Porto, está comprometido todo o dia, sem férias, feriados e horários”, disse sobre Villas-Boas.

“É importante criticar-nos a nos próprios e temos claro o que não estamos a fazer bem e o que nos falta”, adiantou..

Questionado se acha que o seu futuro no clube depende dos resultados no Mundial de Clubes, Anselmi disse estar “muito tranquilo”, mas “também serei o primeiro a sentar-me e dizer que dei tudo e não consegui”.

“Sei reconhecer se sou ou não capaz de fazer o meu trabalho e se sou ou não capaz de inverter uma situação (…) Nesse sentido é difícil ganhar-me, disse: “é difícil ver-me rendido”.

Tomás Guimarães, ZAP //

 

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