Escondido num bunker, o Ayatollah Khamenei escolhe os seus possíveis sucessores

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Iranian Supreme Leader Office/ EPA

Ayatollah Ali Khamenei, Líder Supremo iraniano, prometeu vingança a Israel.

Preocupado com o seu possível assassinato, o Líder Supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, está a analisar uma lista de vários possíveis sucessores na cadeia de comando iraniana — para o caso de mais alguns deles serem mortos entretanto.

O Líder Supremo do Irão tomou recentemente medidas sem precedentes para garantir a continuidade da liderança enquanto o seu país enfrenta o mais severo ataque militar desde a Guerra Irão-Iraque dos anos 1980-1988, diz o The New York Times.

A operar a partir de um bunker subterrâneo secreto e comunicando com o exterior apenas através de intermediários de confiança, o Ayatollah Ali Khamenei, de 86 anos, já apontou três clérigos seniores como potenciais sucessores, caso seja morto durante o conflito em curso com Israel.

O extraordinário planeamento sucessório afasta-se dramaticamente do processo tradicional de transição de liderança do Irão, que tipicamente leva meses de deliberação pela Assembleia de Peritos.

Khamenei instruiu este órgão clerical a escolher rapidamente entre os três candidatos por si designados, dando prioridade à preservação do Estado iraniano sobre longas consultas religiosas e políticas.

Ausente da lista de sucessão de Khamenei está o próprio filho, Mojtaba, anteriormente considerado um favorito apesar dos seus laços próximos com a Guarda Revolucionária. A exclusão sugere que o líder supremo dá prioridade à estabilidade institucional sobre a sucessão dinástica durante este período crítico.

Segundo funcionários iranianos citados pelo NYT, desde que Israel lançou o seu ataque surpresa no dia 13, os ataques causaram mais danos a Teerão numa semana do que Saddam Hussein infligiu durante toda a Guerra Irão-Iraque —  conflito que durou oito anos, entre 1980 e 1988.

O ataque provocou a mais significativa reorganização de segurança do Irão em décadas, no âmbito da qual o Ministério da Informação implementou protocolos rigorosos incluindo cortes de comunicações eletrónicas e ordens para todos os funcionários seniores permanecerem no subsolo.

Os círculos interiores da estrutura de poder iraniana sentem um profundo receio de que haja infiltrações israelitas entre os seus membros, diz o NYT.

Depois de vários cientistas, líderes militares de topo e comandantes  da Guarda Revolucionária terem sido mortos numa única hora, um conselheiro sénior iraniano reconheceu ter havido uma “violação massiva de segurança e fugas de informação graves”.

O Irão parece ter entretanto superado o seu choque inicial, reorganizando-se o suficiente para lançar contra-ataques diários contra Israel — que atingiram um hospital, a refinaria de petróleo de Haifa, edifícios religiosos e casas.

Entretanto, este domingo, bombardeiros B-2 dos EUA atacaram as principais instalações de enriquecimento nuclear do Irão, que, diz Donald Trump, foram “total e completamente destruídas“. Os Estados Unidos entraram na guerra, e o Irão já fala em “resposta legítima em autodefesa”.

ZAP //

2 Comments

  1. Ninguém sabe dele a dias no Irão…. Não respondeu ao Trump e bases nucleares de Isvahan e Natans levaram com 30 Tomahawks lançados de um submarino esta noite e o bunker “invencível” de enriquecimento de urânio em Fordow levou com 6 GBU-57A/B de 13.600 KG em cima. Agora a noticia está actualizada

    • O mesmo deveria ser feito na Ucrânia com bombas em cima dos russos nas diversas zonas que têm ocupadas. Previamente avisava Putin: ou sais ou levas bombarda em cima.

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