Ganharam tudo: nem Ronaldo (nem ninguém) fez o que os miúdos do PSG fizeram

Portugal/Instagram

Nuno Mendes, Vitinha, Gonçalo Ramos e João Neves venceram tudo o que havia para vencer esta época.

Nuno Mendes, Vitinha, Gonçalo Ramos, João Neves. 5 competições, 5 troféus.  Nem Ronaldo, nem ninguém fez o que quatro portugueses fizeram “de rajada”. E há melhor: o quarteto maravilha tem uma média de 23 anos de idade.

A festa é de 11 milhões, mas é sobretudo deles.

Nuno Mendes, Vitinha, Gonçalo Ramos e João Neves não tiveram apenas uma época de sonho: tiveram, provavelmente, a melhor época de sempre para qualquer jogador de futebol.

Campeões europeus pela primeira vez no sábado, oito dias depois, no mesmo estádio, os quatro portugueses venceram a Liga das Nações com as cinco quinas ao peito.

Ganharam tudo o que havia para ganhar esta época — a liga, a Liga dos Campeões, a Taça de França e a Supertaça Francesa — ao serviço do Paris Saint-Germain. Este domingo, puderam abrir a mão, levantar 5 dedos e dizer, como dizia o outro: “ganhámos tudo” (e ainda podem ganhar o Mundial de Clubes que aí vem).

Nuno Mendes foi gigante, com noite de sonho: estreou-se a marcar por Portugal numa final em que também acabaria por servir o capitão, Cristiano Ronaldo, no golo do empate que permitiu à equipa portuguesa ir vencer os espanhóis nos penáltis. Foi, claro, o homem do jogo e o melhor jogador da Final Four da competição. É lateral-esquerdo, mas não tem pé tímido: já tinha sido o segundo melhor marcador do PSG na campanha histórica na Liga dos Campeões, com quatro golos, apenas atrás do francês Ousmane Dembelé, que marcou oito.

Gonçalo Ramos teve igualmente uma grande semana, com um sabor diferente: também foi pai.

Os primeiros a vencer tudo com seleção à mistura

Nem Ronaldo, nem nenhum português, nem nenhum jogador alguma vez cumpriu o feito que estes quatro jovens portugueses, “de rajada”, cumpriram — embora não seja a primeira vez que um português conquista a maior competição de clubes e uma competição de seleções na mesma época.

O capitão da seleção nacional e o compatriota Pepe estiveram lá perto, em 2015/16, época da conquista do Euro 2016 na qual também eles foram campeões europeus pelo Real Madrid. No entanto, os madrilenos ficaram a um ponto do título da liga e não venceram as restantes competições internas.

Mais tarde, em 2018/19, ano da conquista lusa da primeira edição da Liga das Nações, Ronaldo não passaria dos quartos-de-final da Liga dos Campeões e da taça italiana com a Juventus, embora tenha conquistado a Serie A e a Supercoppa.

E a lendária equipa de 2012/13 do Bayern de Munique? Também ganhou tudo o que havia para ganhar — incluindo o Mundial de Clubes, que esta época ainda está por começar. Talvez os 8 internacionais alemães daquela Die Roten tivessem feito história — isto se tivesse sido jogada uma competição de seleções nessa época e a Alemanha a tivesse vencido. É o mesmo caso dos espanhóis do Barcelona de Pep Guardiola, em 2008/09, muitos dos quais venceram o Euro 2008 e o Mundial 2010 pela La Roja.

Faz-se a pergunta que não cala: qual deles será Bola de Ouro?

 

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Tomás Guimarães, ZAP //

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