“Sem medo”: Mariana Leitão é candidata à liderança da Iniciativa Liberal

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Manuel Fernando Araújo / Lusa

A líder parlamentar da IL, Mariana Leitão

“Novo ciclo político” para a IL: atual cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa rejeita a ideia de que Portugal é hoje “o melhor que pode ser” e quer fazer da IL “referência incontornável” da mudança.

A líder parlamentar da IL, Mariana Leitão, de 42 anos, anunciou esta quarta-feira que se vai candidatar à liderança do partido, afirmando ter a vontade de “agregar um movimento que inspire uma mudança no país” e contar com o “contributo de todos”.

“Sou candidata à liderança da Iniciativa Liberal”, anunciou Mariana Leitão numa publicação nas redes sociais, na qual afirma que decidiu avançar porque tem “a vontade e a capacidade de agregar um movimento que inspire uma mudança no país”.

Sem medo de ser liberal, com coragem para erguer as nossas bandeiras liberais sem qualquer hesitação, sem moderar a afirmação dos valores liberais em toda a sua plenitude”, lê-se.

Mariana Leitão afirma que, caso seja eleita presidente, a IL será líder “da defesa da liberdade económica, política e social, do direito a cada um fazer o seu caminho e escolher a forma como vive a sua vida, do direito a cada um ver o esforço do seu trabalho recompensado, do direito a cada um dar o máximo e ver o seu mérito reconhecido”.

Seremos líderes na defesa da liberdade individual, o bem mais precioso, protegendo-a contra os abusos do Estado e de quaisquer formas de coletivismo que limitem, ou tentem limitar, a justa ambição e iniciativa dos portugueses”, promete.

A agora candidata à liderança da IL diz recusar a ideia de que Portugal é hoje “o melhor que pode ser”, contrapondo que acredita num “país que se constrói em liberdade, com prosperidade e oportunidades para todos”.

“Uma nação dinâmica que não tem medo de arriscar, de inovar, de se modernizar. Uma nação assente num povo que trabalha e impulsionada por um Estado eficiente e limitado ao que verdadeiramente importa, que não bloqueia, não sufoca e não limita”, refere.

A líder parlamentar da IL salienta que os próximos tempos vão ser de “enormes desafios políticos, sociais e tecnológicos”, o que também faz com que sejam tempos de “uma oportunidade histórica para Portugal dar um salto de desenvolvimento”.

Depois, Mariana Leitão recorda o seu percurso na IL para salientar que foi membro de base, coordenadora de núcleo territorial, presidente do Conselho Nacional, deputada municipal, chefe de gabinete parlamentar, deputada e líder parlamentar.

A deputada refere que, em todos esses cargos, conheceu “um partido de gente fantástica, muito capaz, que não se conforma com o destino do país, que quer mais, que sabe que merece mais e que quer lutar por mais”.

“Quero inspirar todo o potencial da IL, somando os contributos de todos, para que sejamos a referência incontornável das ideias que transformam e das soluções que fazem avançar Portugal”, frisa.

Numa alusão à demissão de Rui Rocha da liderança do partido, anunciada no sábado, Mariana Leitão refere que o partido “construiu muito” nos últimos anos e teve “relevância na afirmação das ideias liberais no país”.

“Mas, agora que o país inicia um novo ciclo político, também a IL precisa de iniciar um novo ciclo de energia e transformação”, sustenta.

 

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Eleita deputada nestas legislativas como cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa, Mariana Leitão foi reeleita esta terça-feira líder parlamentar da IL e já anunciou uma candidatura presidencial às eleições de janeiro de 2026.

Neste contexto, já saiu a público em crítica do candidato Henrique Gouveia e Melo, que “não sabe quem é”.

“Não tenho medo de Gouveia e Melo, até porque não sei quem é Gouveia e Melo em concreto (…) Não sabemos o que é que pensa (…) Não se sabendo exatamente aquilo que pensa e defende, o Almirante já teve duas ou três intervenções na praça pública com ideias que eu tenho dificuldade em subscrever”, disse a nova candidata à liderança liberal.

Com 42 anos e licenciada em Relações Internacionais, Mariana Leitão aderiu à IL em junho de 2019, tendo sido, entre 2020 e 2022, presidente do Conselho Nacional do partido e, entre 2022 e 2024, chefe de gabinete do Grupo Parlamentar da IL.

Na última Convenção Nacional da IL, em fevereiro, foi eleita vice-presidente do partido, na lista para a direção apresentada por Rui Rocha, que se demitiu da liderança neste do partido este sábado.

Depois da saída de Rocha, Leitão, um dos nomes mais mediáticos do partido, já tinha sido apontada como favorita na sucessão.

O ex-deputado e dirigente da Iniciativa Liberal (IL) Bernardo Blanco, também apontado à liderança, não a quis: apontou a deputada — e Mário Amorim Lopes — como “mais capazes”. “É a Mariana Leitão e o Mário Amorim Lopes, qualquer um deles, a meu ver, dará um ótimo presidente da Iniciativa Liberal”, disse, afirmando que até apoiaria ambos.

ZAP // Lusa

6 Comments

    • E qual é o caminho do BE? Ser muleta de governo do PS? Fazer parte de uma maioria para lamentar que fez o pais bater no fundo? Acho que mesmo que a IL faça asneiras, não consegue seguir o caminho do BE.

    • Quem ela é vê-se no trabalho que ela tem feito, seja bom (do ponto de vista liberal) ou mau (do ponto de vista comunista).
      Quem ela não é de certeza é um militar que aproveitou a campanha de vacinação forçada para fazer campanha eleitoral.
      Também não é uma populista que grita banalidades nas ruas para ganhar os votos dos ignorantes.

      • Rapazito a iniciativa liberal e a maior escumalha k existe na terra lusitana disfarçada de mt certinha e inofensiva é pior k o PC e o chega juntos e se algum dia chegar ao poder e destruir o estado social podes crer k vai haver um momento jfk em Portugal, beijinhos e abraços acefalo. Põe te fino

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