(dr) Partido Trabalhista

Keir Starmer em campanha eleitoral do Partido Trabalhista
Também no Reino Unido, a Saúde é tema. A redução dos tempos de espera anunciada pelo Governo de Keir Starmer é desmentida pelos dados revelados agora.
Cá como lá: reduzir os tempos de espera no serviço nacional de saúde do Reino Unido (NHS – National Health Service) eram uma prioridade para o candidato Keir Starmer, agora primeiro-ministro.
Em Fevereiro deste ano, o Governo do Partido Trabalhista anunciou que já tinha conseguido aumento de 2 milhões de marcações (entre consultas, exames ou operações) só nos primeiros cinco meses pós-eleições. Muito à base do trabalho nocturno e ao fim-de-semana.
O Governo fazia um auto-elogio, ao lembrar que pretendia chegar a esse objectivo (2 milhões de marcações extra por ano) ao fim de um ano de legislatura. Assim, conseguiu esse número 7 meses antes do anunciado.
Na altura, apresentou números oficiais: o NHS England mostrava que, entre Julho e Novembro de 2024, o serviço de saúde realizou quase mais 2,2 milhões de consultas em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Mas o ritmo não é o anunciado pelo Governo.
A Sky News mostra neste sábado que, afinal, o aumento do número de marcações até foi maior quando Rishi Sunak (Partido Conservador) era primeiro-ministro.
Os números da Full Fact, organização independente de verificação de factos, mostram que entre Julho do ano passado e Fevereiro deste ano, houve um aumento de 3,6 milhões de consultas no NHS; isto sob este Governo. Mas entre Julho de 2023 e Fevereiro de 2024, sob o Governo de Sunak, houve um aumento de 4,2 milhões de consultas. Sempre em comparação com o mesmo período do ano anterior.
As novas estatísticas também mostram que a meta de Keir Starmer não era ambiciosa. O primeiro-ministro queria 2 milhões de consultas extra por ano, o que seria um crescimento anual de 2,85% – e, com Rishi Sunak no poder, o crescimento anual foi de 10% no ano passado e de 8% há dois anos.
A Sky News perguntou (várias vezes) ao actual Governo como iria medir essas anunciadas subidas, as promessas eleitorais. Nunca teve uma resposta esclarecedora.