Nova ameaça de tarifas por Trump à Europa e à Apple põe economia no vermelho

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Daniel Torok / White House

“Recomendada” uma tarifa de 50% à Europa, líderes mundiais já reagiram. E nem a americana Apple escapa às tarifas do seu presidente.

O Presidente norte-americano considerou hoje que as negociações comerciais com a União Europeia (UE) “não estão a dar frutos” e recomendou a imposição de uma tarifa de 50% sobre os seus produtos a partir de 1 de junho.

“As nossas negociações com eles não estão a dar frutos! Por isso, recomendo uma tarifa direta de 50% para a União Europeia a partir de 1 de junho de 2025″, anunciou Donald Trump através do seu perfil na rede Truth Social, acrescentando que “não será aplicada qualquer tarifa se o produto for fabricado nos Estados Unidos”.

Trump insistiu que a União Europeia foi criada “com o objetivo principal de tirar partido dos Estados Unidos na esfera comercial”.

Neste sentido, acusou a UE de que as suas barreiras comerciais, o IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), as sanções “ridículas” às empresas, as barreiras comerciais não monetárias, as manipulações cambiais, as ações judiciais “injustificadas” contra empresas norte-americanas, entre outras, geraram um défice comercial com os Estados Unidos que atinge “um valor totalmente inaceitável”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, criticou as ameaças de Trump dizendo que tais medidas serão prejudiciais para ambos os lados do Atlântico. “Essas tarifas não ajudam ninguém. Só prejudicam as economias”.

25% para a Apple

Nem a maior produtora americana de telemóveis escapou às ameaças O presidente norte-americano acusa a gigante tecnológica de importar produtos estrangeiros para a construção dos iPhones.

“Há muito que informei Tim Cook, da Apple, que esperava que os iPhones que fossem vendidos nos EUA fossem fabricados e construídos nos EUA, e não na Índia ou noutro sítio qualquer”, afirmou Trump, citado pela Forbes. “Se não for esse o caso, a Apple tem de pagar uma tarifa de pelo menos 25% aos EUA”.

Bolsas no vermelho

De acordo com o The Guardian, o anúncio deixou os índices europeus em queda. O DAX da Alemanha fechou a semana, caindo 1.6% hoje, com a BMW (-3.7%) e a Mercedes-Benz (-4%) entre os lesados.

A proposta de aplicar direitos aduaneiros de 50% sobre as importações europeias e de 25% sobre os iPhones não fabricados nos EUA abalou o sentimento e desencadeou uma venda generalizada que fez com que as ações dos EUA caíssem cerca de 1% na sexta-feira”, relata a analista Kate Leaman.

“No centro da reação está o receio de que a escalada das tensões comerciais esteja de novo em jogo e a reação que isso poderá ter na inflação, nos lucros das empresas e também nas cadeias de abastecimento globais”, afirma.

ZAP // Lusa

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