Empate na Luz deixa leão na “pole position”

TIAGO PETINGA/LUSA

Empate. O dérbi do Estádio da Luz entre Benfica e Sporting terminou com igualdade a uma bola, pelo que a decisão do título fica para a derradeira jornada.

Os “leões” estão em vantagem e, se vencerem em casa o Vitória SC (ou igualarem o resultado das “águias” em casa) sagram-se bicampeões nacionais. Seja como for, este foi um jogo de grande qualidade, intenso, com ocasiões, emoções e um ambiente daqueles que… deviam ser sempre assim.

Empolgante desde o início

Grande ambiente no Estádio da Luz e primeira parte de grande qualidade. O Sporting só precisava de um empate para entrar na última jornada em vantagem sobre o Benfica na luta pelo título, mas fez mais do que isso e marcou bem cedo, num forte e colocado remate de Francisco Trincão de fora da área, com apenas quatro minutos jogados.

O Benfica partiu para cima do “leão” e, daqui para a frente, e criou vários lances de perigo, porém, ou o último passe não saía em condições, ou o remate era deficiente. A insistência nos lances pelo centro do terreno eram de resolução tranquila por parte da turma de Alvalade.

O jogo prosseguiu em ebulição no segundo tempo, com o Benfica a pressionar com grande intensidade no ataque e acabou mesmo por empatar aos 63 minutos. O golo foi de Kerem Aktürkoğlu, mas a jogada magistral foi de Vangelis Pavlidis, a fintar tudo e todos na grande área, num total de quatro dribles completos, antes de assistir o turco. E aos 76 minutos, Pavlidis acertou no poste. O jogo estava louco, mas com o passar dos minutos, com as paragens e substituições, começou a perder intensidade e mais nenhum golo surgiu.

O Jogo em 5 Factos

1. Jogo com muitos duelos

Este foi um jogo muito intenso, de luta, sem descanso. Prova disso não só as muitas faltas (38) e os muitos duelos, com as duas equipas a estabelecerem recordes de duelos ganhos esta época na Liga: 79 para o Benfica, 83 para o Sporting.
2. Muita ânsia benfiquista no drible

O Benfica tentou tudo, os seus jogadores partiam para um um contra um sem medo, mas talvez por isso acabaram por errar muitos dribles. Ao todo foi 37 dribles tentados, máximo da equipa esta temporada, mas os “encarnados” também igualaram o máximo de incompletos (24).

3. “Águia” muito faltosa

A intensidade com que o Benfica disputou este jogo levou a equipa a cometer muitas faltas. Ao todo foram 24, recorde da equipa esta época, quendo o anterior era 19.

4. Sporting sem contemplações

A pressão do Benfica foi intensa, por vezes recorrendo muito ao cruzamento e o Sporting não teve com problemas em afastar o perigo de forma pragmática. Ao todo, os “leões” realizaram 44 alívios, mais dez (!) do que o seu anterior máximo na prova.

5. “Leão” com mínimos de passes

Com menos bola do que o Benfica, o Sporting também acabou por realizar poucos passes, devido à pressão “encarnada”. As “águias” permitiram somente 3,2 passes aos de Alvalade até realizarem uma acção defensiva (PPDA), pelo que o “leão” registou o seu mínimo de passes realizados na prova (278) e de completos (220).

Melhor em Campo

Perante a pressão do Benfica, elevou-se Diomande. O central fez um grande jogo, com 15 acções defensivas, com destaque para três desarmes, sete alívios e três bloqueios de remate. Um esteio.

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