Equipas de futebol com equipamento vermelho jogam melhor, diz a ciência

ZAP // vitaliivitleo / [email protected] / mrogowski_photography

Grandes clubes por todo o mundo “vestem dopamina”. Se acha que a sua roupa ajuda a conquistar objetivos, a ciência parece dar-lhe razão. E se quiser conquistar alguém, aposte em vestir vermelho ou preto: vão achá-lo mais bonito.

Liverpool, Bayern Munique, Manchester United, Benfica… tudo clubes que somam vários títulos, alguns deles a postos para segurar a taça este ano. E se o segredo estivesse na cor?

“Vestir dopamina” já foi tendência no TikTok. Os nórdicos sabem-no bem, com o estilo escandinavo a apostar nos tons garridos para suscitar boa disposição. Parece só uma questão psicológica, mas há um fundo de biologia em tudo isto.

A dopamina interage com a serotonina, a oxitocina e várias endorfinas, e este “mix” é o que dita o nosso humor. Não existe nenhum estudo que evidencie que a forma como nos vestimos influencia ou não os nossos níveis de dopamina, mas existe, sem dúvida, uma relação científica entre a roupa e a forma como agimos.

Um estudo de 2010 descobriu, por exemplo, que dentro de um grupo de pessoas fotografadas, as que usavam vermelho ou preto foram consideradas mais bonitas.

No desporto, parece que o vermelho também melhora o desempenho: cientistas analisaram vários jogos de futebol do último meio século em Inglaterra e mostraram que as equipas com um equipamento vermelho jogavam consistentemente melhor nos jogos em casa do que qualquer outra cor.

Uma experiência semelhante feita em 2004 em relação ao taekwondo e à luta livre, mas a revisão dos resultados com a adesão de jogos mais recentes, de 2021, eliminou a vantagem.

É claro que todos associamos cada cor a sentimentos diferentes, mas, enquanto o verde ou o azul são associados a sentimentos mais relaxantes, no geral, o vermelho é frequentemente ligado à força e ao dinamismo.

Segundo contava em 2009 o cientista Norbert Hagemann ao The Telegraph, o vermelho pode fazer os jogadores (e não só) sentirem-se mais confiantes, e até assustar os adversários, por ser uma cor mais dominante e agressiva.

O colega Robert Burton também pensava assim. “Existem boas provas experimentais de que os estímulos vermelhos são percecionados como dominantes e que causam efeitos negativos no desempenho de quem os vê”.

Carolina Bastos Pereira, ZAP //

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