Em Itália, a segunda-feira a seguir à Páscoa é um dos dias mais esperados e animados do ano. Mas este ano foi diferente. Os católicos acordaram tristes.
A morte do Papa Francisco coincidiu com a Pasquetta – um feriado celebrado em Itália, no dia seguinte ao domingo de Páscoa, também conhecido como Lunedì dell’Angelo (segunda-feira do Anjo).
Como explica o La Via Italia, esta data recorda o episódio bíblico em que um anjo apareceu às mulheres que tinham ido ver Jesus ao túmulo, anunciando a sua ressurreição: “Sei que procurais Jesus, o crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou“.
Com o passar do tempo, o feriado de origem cristã começou a assumir um carácter mais social e, como refere a revista, é hoje um dos dias mais esperados em Itália.
É também um dia de “renovação”, que celebra o início da Primavera, com as famílias e os amigos a irem para o campo para conviver e fazer piqueniques. “Pasquetta” significa “pequena Páscoa”.
Este ano foi diferente e “muito triste” – como contou, à Antena 1, Fátima Afonso, que está emigrada em Roma. “Hoje era dia de as famílias irem fazer piqueniques, mas tornou-se num dia muito triste”, lamentou.
Afinal, a Pascuetta não foi nada do que previu a “La Via Italia”, num artigo escrito ainda este domingo, antes da morte do Sumo Pontífice da Igreja Católica: “A segunda-feira do Anjo é um momento para relaxar, aproveitar o início da primavera (…) o espírito é leve, descontraído e alegre”.
Mas, de repente, o Papa morreu e o feriado foi diferente.
Segundo o Corriere della Sera, o Papa acordou pelas 6h da manhã bem humorado. Por volta das 7h ter-se-á sentido mal e, meia hora depois, morreu devido a um AVC.