Escalou a torre do Big Ben descalço e ficou lá em cima 16 horas pela Palestina

ANDY RAIN/EPA

manifestante pró-palestiniano agita uma bandeira palestiniana no topo da Torre Elizabeth em Londres, Grã-Bretanha.

Daniel Day, de 29 anos, foi acusado de causar perturbação da ordem pública e de invadir um local protegido. Mas para alguns, é “um herói”.

O homem que no fim de semana conseguiu escalar a torre do relógio Big Ben, em Londres, com uma bandeira palestiniana, foi acusado de causar perturbação da ordem pública e de invadir um local protegido, declarou a polícia esta segunda-feira.

No sábado, às 07:24, no horário local (a mesma hora em Lisboa), a polícia londrina foi alertada para a presença de um homem que estava a escalar a Torre Elizabeth, no Palácio de Westminster, o Parlamento britânico. De acordo com imagens publicadas nas redes sociais, o homem subiu descalço até ao topo da torre, obrigando a polícia a isolar a zona em redor do edifício.

À tarde, muitas pessoas reuniram-se para apoiar o homem atrás do cordão de segurança montado pela polícia. “És um herói” e ‘Palestina livre’, afirmavam várias pessoas. Três membros dos serviços de salvamento foram içados para tentar fazer descer o homem.

Um vídeo publicado no Instagram no sábado à noite mostrava o homem a garantir aos negociadores, a partir do parapeito onde estava sentado, que estava “seguro” e que “planeava descer à sua maneira”.

O homem, identificado como Daniel Day, que vive em Westcliff-on-Sea, no sudeste de Inglaterra, também transmitiu em direto toda a sua escalada, que demorou cerca de 15 minutos.

Passou 16 horas pendurado na torre e foi detido após descer da torre nas primeiras horas de domingo. Day continua sob custódia numa esquadra de Londres e deverá comparecer esta segunda-feira num tribunal de Londres.

O deputado conservador Ben Obese-Jecty disse que as autoridades devem dar explicações sobre o incidente.

“Todos os dias vejo dezenas de polícias armados a patrulhar a Portcullis House [onde trabalham os parlamentares] e a área adjacentes ao Parlamento. Onde estavam hoje [no sábado]?”, questionou o político na rede social X.

ZAP // Lusa

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