Um brasileiro na CNN Portugal originou troca de palavras “azedas” no X

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Uriã Fancelli / X

Uriã Fancelli

Rodrigo Moita de Deus viu Uriã Fancelli na televisão, aparentemente não gostou – mas já teve resposta do próprio.

Em noite de eleições federais na Alemanha, Uriã Fancelli foi à CNN Portugal comentar a vitória da CDU e relacioná-la com a guerra na Ucrânia.

“É uma vitória importante para a Ucrânia. Friedrich Merz (líder da CDU) é o que a Europa precisa. Se vai conseguir os seus objectivos, é outra história; mas é uma luz no fundo de uma túnel, de alguém que está disposto a ajudar a Ucrânia”.

O analista político avisa que há um crescimento da extrema-direita na Europa “que não pode ser ignorado”, mas a maioria dos eleitores alemães continua a preferir um Governo de coligação entre CDU e SPD.

Rodrigo Moita de Deus estava a ver e, aparentemente, não gostou. Mais do que o conteúdo, o comentador e escritor abordou a nacionalidade de Uriã Fancelli – que é brasileiro.

A nossa CNN tem um brasileiro, de São Paulo, para comentar a situação na união europeia. Somos globais”, escreveu Rodrigo no X.

Também sugeriu que iria estar na Globo, no dia seguinte, a comentar as relações entre Uruguai e Brasil.

O empresário, sem o dizer, deixou a ideia de que preferia ver um comentador português no seu lugar.

O próprio Uriã Fancelli respondeu, na mesma rede social: “Se decidir vir ao Brasil para comentar na CNN ou na Globo, será muito bem-vindo! Posso garantir que não haverá nenhuma campanha de ódio contra si“.

O analista político brasileiro justificou a sua presença naquele programa da CNN: “Quanto a mim, um brasileiro comentando sobre a Ucrânia e outros temas europeus, isso se deve ao facto de já ter estado na Ucrânia, onde participei em diversas atividades, adquirindo experiência local“.

“Além disso, possuo um mestrado duplo em European Studies por duas universidades europeias, o que me proporciona uma base sólida para abordar esses assuntos. Fique bem!”, fecha a resposta de Uriã Fancelli.

Entretanto, o mesmo comentador político já esteve novamente na CNN Portugal, a comentar o encontro entre Macron e Trump. Além de uma colaboração com a CNBC.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

2 Comments

  1. Caro Rodrigo Moita de Deus, subscrevo integralmente.
    E não há nenhum racismo na sua opinião, apena uma preocupação natural que também é minha.
    Mas o mesmo se passa por cá?, vejo cada vez menos TV, não tenho que aturar vaidosos a dizer disparates sem que ninguém perceba o mal que nos fazem.

    Depois queixam-se do Score, haja paciência.

    Mas há uma coisa a que eu tenho direito, estou no meu pais quero ouvir falar português. Ponto final.

  2. Este Uriã Fancelli, canta bem, mas não me alegra, quando, certamente da boca para fora, afirma que, “Se decidir vir ao Brasil para comentar na CNN ou na Globo, será muito bem-vindo ”
    Conversa fiada. Por experiencia própria sei, que (em geral) os brasileiros reservam para si, empregos que eles consideram ” melhores, e de maior prestigio”.
    Só para dar um exemplo. Quem se lembra, de uma oferta de médicos estrangeiros, portugueses e espanhóis, entre outros que em meados de 2013, se ofereceram para os ajudar em regiões remotas onde eles não queriam, e continuam a não querer trabalhar,? Nessa época, o corporativismo bacoco da classe médica brasileira desconconsiderou de imediato essa possibilidade, e entrou em protestos nas ruas e hospitáis, com apropriados narizes vermelhos de palhaço colados no nariz, como se toda a sua própria existência profissional estivesse em perigo. Parece que não foram levados a sério com a iniciativa, e inventaram então, uma espécie de exame de aptidão, um teste vergonhoso a que chamaram “revalida” convenientemente complicado, para que o minimo possivel de colegas estrangeiros tivessem chance de ser admitidos no pais. Segundo o presidente de um dos sindicatos médicos estaduais de narizes vermelhos, esta prova seria necessária, porque (cito) “os estrangeiros não ofereciam uma estrutura adequada para uma formação completa e eficiente, existindo faculdades por aí afora (incluindo as portuguesas) com 500 alunos de Medicina numa sala de aula, Outras não possuiam um hospital escola e algumas não tinham aulas práticas, somente teóricas”. Poderia apresentar mais exemplos de como (em geral) os nossos irmaos brasileiros são amorosos, convincentes da própria generosidade, e sobretudo exigentes na reciprocidade desse amor cá neste lado do mar. Mas vou ficando por aqui

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