A guerra na Ucrânia está muito perto do fim – garante Trump

5

BONNIE CASH / EPA

O Presidente dos EUA, Donald Trump, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, em Washington

Donald Trump recebeu esta segunda-feira Emmanuel Macron na Casa Branca e afirmou que está em conversações avançadas com Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskyy para acabar com a guerra na Ucrânia dentro de poucas semanas.

Donald Trump recebeu, esta segunda-feira, em Washington, o primeiro líder europeu, desde o início do segundo mandato.

Num encontro com o homólogo francês Emmanuel Macron, o presidente norte-americano prometeu que acabará com a guerra dentro de poucas semanas e disse estar em conversações avançadas com Vladimir Putin, a esse propósito.

“Acho que a guerra pode acabar em breve. Dentro de semanas. Acho que podemos acabar com ela em semanas se formos inteligentes. Se não formos inteligentes, ela vai continuar e continuaremos a perder pessoas jovens e bonitas que não deveriam estar a morrer. E não queremos isso”, disse Donald Trump.

Quanto ao acordo com a Ucrânia sobre a cedência de minerais raros em troca de ajuda, Trump prevê que o acordo seja assinado juntamente com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy no prazo de duas semanas.

“É possível que ele venha esta semana ou na próxima para assinar o acordo, o que seria ótimo”, disse Trump sobre Zelenskyy, citado pela Reuters.

Sem detalhar um data, Trump disse que também se ia encontrar com Putin.

Putin aceita tropas da paz

Mas não foi só Donald Trump a falar. No encontro na Sala Oval, Emmanuel Macron reafirmou que a Europa está preparada e tem planos para pôr na Ucrânia forças de manutenção da paz, no caso de um cessar-fogo. Trump aprova esta ideia e garantiu que Putin também.

“Sim, ele vai aceitar. Já lhe fiz essa pergunta. Se fizermos este acordo, ele não quer mais guerra”, disse Trump, citado pela Associated Press (AP).

Questionado sobre se a Ucrânia deveria estar disposta a ceder território à Rússia como parte de um fim negociado para a guerra, Trump disse: “Veremos”.

No final desta semana, é a vez do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, visitar Trump. Espera-se que Macron e Starmer convençam Trump a que não se precipite com um acordo de cessar-fogo com Putin que prejudique a Ucrânia. Os líderes europeus insistem em estar envolvidos nas negociações sobre o futuro da Ucrânia.

O anúncio da visita de Zelensky à Casa Branca surge no dia em que se assinalam três anos sobre o início da invasão russa e no meio de escalada de tensão entre Kiev e Washington e depois de o Presidente norte-americano ter chamado Zelensky de “ditador não eleito”.

Questionado sobre se também chamaria ditador a Putin, Trump respondeu que não usa essas palavras com ligeireza: “Não uso estas palavras de ânimo leve”.

Por entre risos, um “não” sem medos criou tensão

O clima foi leve, com risos e apertos de mão, ao longo de toda a conversa entre os líderes das duas potências. Elogios, uma caminhada de mãos dadas e o carinhoso apelido “dear Donald” (“querido Donald”), usado pelo presidente francês acentuaram a boa disposição. Exceto num momento.

A meio do discurso, Trump garantiu que “a Europa está a emprestar o dinheiro à Ucrânia. Estão a receber o dinheiro de volta”. O argumento chega na sequência dos avisos do chefe de Estado de que os contribuintes americanos enviados para a Ucrânia não terão retorno.

Nesse momento, Macron interrompeu o presidente norte-americano para o corrigir: “Não, de facto, para ser franco, nós pagámos”, afirmou, impassível, o presidente francês. “Pagámos 60 por cento do esforço total. Foi como nos EUA: empréstimos, garantias, subsídios”.

É então que vemos Donald Trump a abanar a cabeça em jeito de desaprovação. “Se acredita nisso, por mim tudo bem. Eles recebem o seu dinheiro de volta, e nós não”, concluiu à pressa o assunto, sem se alongar em discussões.

Ambiente restaurado, conversa prossegue e o objetivo mantém-se: discutir a paz na Ucrânia, os seus custos e consequências. Tudo com um curto prazo.

ZAP //

5 Comments

  1. O Presidente Zelensky, o servo do povo, hipotecou a Ucrânia em nome do propósito da entrada na NATO que, tarde ou nunca acontecerá, sujeitando o povo aos abutres Americanos, Europeus e Russos e a uma hipoteca, por várias gerações.
    Os interesses Ucranianos já instalados recorreram à guerra com os abutres, direta ou indiretamente, para justificar o injustificável, negociando a liberdade da gestão dos seus recursos naturais do povo em nome do referido propósito que não tinha meios para esse estatuto.

      • Concordo, Fernandes. Pessoalmente, considero que é possível que este panorama da guerra mude nos próximos tempos, positivamente. Vamos esperar.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.