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UE põe travão às compras online. Shein, Temu e AliExpress ficam mais caras para portugueses

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ZAP // VA; Dick Thomas Johnson / Flickr

Plataformas chinesas são 91% das encomendas de baixo valor dos europeus. Com novas taxas alfandegarias, é de esperar que os produtos subam os preços.

A nova Lei dos Serviços Digitais da União Europeia (UE) promete acabar com a isenção de taxas alfandegárias nas compras inferiores a 150 euros em plataformas de comércio online.

4,6 mil milhões de artigos de baixo valor — avaliados em menos de 150 euros e atualmente isentos de taxas — chegaram diretamente aos consumidores europeus no ano passado, o que representa o dobro do valor previsto para 2023. 91% destas encomendas provêm da China, aponta o Politico.

A Comissão Europeia vai agora começar a eliminação gradual das isenções alfandegárias, como tinha já sido anunciado em 2024. As taxas que passarão a ser pagas destinam-se em parte a financiar a recolha e tratamento ecológico de roupa usada.

Henna Virkkunen, responsável pela tecnologia da UE, apela a um “sector de comércio eletrónico competitivo que mantenha os consumidores seguros, ofereça produtos convenientes e respeite o ambiente”.

“O aumento das importações de comércio eletrónico para o mercado da UE trouxe consigo muitos desafios”, diz Virkkunen. É por isso que passa a existir uma taxa para esses produtos, pelo que se depreende que os preços devem aumentar em encomendas de valor inferior a 150 euros em retalhistas como a Shein, a AliExpress ou a Temu, com milhares de produtos a custarem menos de 10 euros.

E as próprias plataformas respondem, garantindo que concordam com as medidas. “Congratulamo-nos com os esforços que reforçam a confiança e a segurança dos consumidores europeus nas compras online e acreditamos que a existência de condições de concorrência equitativas pode beneficiar todo o ecossistema”, declarou um porta-voz da Shein num comunicado.

A plataforma compromete-se a “analisar a forma como a Shein pode contribuir para reforçar o nosso sector e melhorar a experiência de compras em linha dos consumidores europeus”.

A Temu e a AliExpress também já tinham mostrado cooperação com a medida quando esta começou a ser estudada.

Segundo avança a Euronews, na semana passada a Comissão Europeia lançou uma investigação sobre a proteção dos consumidores no caso da Shein e publicou também uma “caixa de ferramentas” para lidar com os desafios colocados pelas compras online em sites chineses que não cumprem as normas da UE no que toca a  qualidade, ambiente e práticas comerciais leais.

ZAP //

7 Comments

  1. Inventarem desculpas para taxarem os consumidores… não podem taxar os produtores da roupa… esses já podem apresentar lucros e enriquecer à vontade… quanto ao produtos em si, vêm da China na mesma, estão à venda em lojas por preços bem superiores… os europeus não os produzem…

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  2. Mais uma vez, os idiotas e palermas dos “tecnocratas” da a UE a fazer tudo o possível para “destruir” a EU…
    Não seria de esperar outra coisa… Depois de ir para lá o António Costa…

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  3. Não é verdade que as importações abaixo dos 150 euros estejam isentas de impostos. É sempre cobrado iva de 23% (caso portugues) a estas compras, sejam os bens novos ou usados.
    Nos sites acima referidos o iva já está incluído no preço pelo que talvez não se note (o articulista devia ter mais cuidado com a escrita).

    A mim parece uma desculpa para cobrar taxas alfandegárias a todos os produtos (a seguir acabam com a palhinhas de papel como fez o cowboy frutinha amaricano) vejam eles da xina ou do c de judas.

  4. Eu prefiro dar mais 2 ou 3 por cento a mais por algo que veja e sinta ao vivo – e se for português ainda melhor. Patrocinar trabalho semi-escravo e de fraca qualidade, para enriquecer os oligarcas chineses, não está nos meus planos.

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  5. Vão aumentar as taxas sobre estes produtos com a justificação da segurança do consumidor (entre outras coisas). É curioso como uma coisa, sem alteração qualquer das suas características, deixa de ser insegura, ou colocar em causa a segurança, se for paga uma taxa adicional…
    Cinismo no seu expoente máximo.

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