Aguiar-Branco dá raspanete a Rui Tavares por ter policiado Arruda: “não foi eleito para isso”

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Sofia Pereira / X

Miguel Arruda com o braço levantado como se estivesse a fazer a saudação Nazi, no Parlamento

O Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco avisou que não levará o tema da alegada “saudação nazi” do deputado Miguel Arruda no Parlamento e avisou Rui Tavares que “os deputados não foram eleitos para serem polícias uns e dos outros”.

Na última sexta-feira, o dirigente do Livre Rui Tavares acusou o ex-deputado do Chega Miguel Arruda, agora não inscrito em qualquer bancada, de ter feito a saudação nazi no parlamento.

Rui Tavares fez uma interpelação à mesa da Assembleia da República (AR) para denunciar que Miguel Arruda, pelo menos por duas vezes, “de forma consciente e deliberada”, votou “fazendo o gesto da saudação fascista, nazi ou romana”, quando sinalizou o seu sentido de voto.

Miguel Arruda negou ter feito a saudação nazi: “Estava só a sinalizar o meu sentido de voto desse modo. Há vários líderes a fazerem o mesmo… até de esquerda”, alegou.

O ex-deputado do Chega também argumentou que, por estar sentado na última fila no plenário, por vezes, o presidente da Assembleia da República não consegue identificar o seu sentido de voto, razão pelo qual estica o braço.

Palavras que não convenceram Rui Tavares, insistindo que os serviços da AR a tomar as providências necessárias “e por escrito intimar o próprio [Miguel Arruda] a justificar essa sua ação”.

Em declarações aos jornalistas, Rui Tavares instou o Presidente da AR, José Pedro Aguiar-Branco a levar o tema à próxima conferência de líderes.

Aguiar-Branco dá ‘raspanete’ a Tavares

Apesar do pedido de Rui Tavares, esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas, Aguiar-Branco deu um ‘raspanete’ a Tavares, dizendo que não está ali para policiar os outros deputados.

O Presidente da AR garantiu, ainda, que não levará o tema à conferência de líderes, mas pôs Rui Tavares à vontade para fazê-lo.

Nós não somos polícias de outros deputados, não fomos eleitos para sermos polícias de uns e de outros”, começou por dizer.

“Levar esse tema à conferência de líder é matéria que qualquer grupo parlamentar pode fazer, se assim o desejar. Não é só qualquer momento televisivo que conta”, acrescentou.

Sobre o comportamento dos deputados, como cita o Correio da Manhã, Aguiar-Branco deixou as consequências para as mãos dos portugueses: “No próximo ato eleitoral, quem não se revir nos seus representantes, deve penalizar”.

ZAP //

4 Comments

  1. Rui Tavares tem uma mentalidade jacobina e acha que tem o direito de controlar ou censurar as ideias alheias. E terá Miguel Arruda feito uma saudação nazi? Se fez teve a vantagem de revelar publicamente quais são os seus ideais. Por outro lado, ser nazi não é um crime, quanto muito é uma burrice. Já seria diferente se Miguel Arruda andasse a perseguir judeus e a agredi-los, mas parece que os seus crimes são apenas os de um comum pilha galinhas – roubar malas no aeroporto…

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  2. Será que esse Rui Tavares vai também ver quem é que salpica as sanitas do parlamento ??? Começa-se a perceber a utilidade deste individuo no parlamento e a influencia que este individuo tem nos média portugueses e o numero cada vez maior de pseudo saudações nazis expostas de forma propositada em curto período de tempo e fora de contexto.

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