Manuel Fernando Araújo / Lusa
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A “estrela” do programa é o apresentador mas, durante aqueles minutos, houve momentos em que Ricardo nem sabia como reagir.
Rui Rio disse, ainda no final do ano passado, que está fora da corrida às eleições presidenciais de 2026. Aliás, está fora da política no geral.
“O meu estado de espírito neste momento, e no que prevejo para o futuro próximo, é não ter grande vontade de voltar a ocupar qualquer cargo político. O mundo dá muitas voltas, mas, sinceramente, é esse o meu estado de espírito”.
“Não podem ficar zangados comigo por isso. Já dei muitos anos à política”, continuou o antigo líder do PSD, no Diário de Notícias.
Neste domingo, voltou ao assunto quando nem lhe tinham perguntado nada sobre isso. “Hoje muita gente me diz ‘Não se reforme, regresse à política’. Neste enquadramento, o que me dizem mais é que tenho de me candidatar a presidente da República. Eu não quero, mas tanta gente a dizer… Tenho de me preparar para essa eventualidade”.
Foi por isso que, na SIC, mostrou o seu primeiro (alegado) cartaz, “para o caso” de se candidatar à presidência da República. Na fotografia vê-se um jovem Rui Rio, quando era… militar.
O slogan aparece ao lado: “Contra os canhões marchar, marchar” – é uma questão de marketing, explicou Rui Rio: “Agora há guerra em todo o lado, o povo português está ansioso por participar numa guerra, este slogan dá essa hipótese de cumprir um anseio”.
No início do programa, tinha brincado com sondagens: “O povo português às vezes foge à realidade, contorna as sondagens e faz estes disparates. É a democracia que temos. Está a ver o que o povo faz?”, perguntou a Ricardo Araújo Pereira, que lhe tinha lembrado que, nas eleições legislativas de 2022, Rui Rio (que perdeu) teve uma percentagem de votos ligeiramente superior à de Luís Montenegro em 2024 (que ganhou).
Rio acha – ou não – que Portugal tem registado uma “evolução inteligente da política, atractiva, que dá vontade de voltar”: os da esquerda chamam facilmente “nazi, fascista” a alguém, os da direita chamam facilmente “socialista, comunista”.
“E se alguém do centro, como eu, diz uma coisa mais equilibrada, sensata, também me chamam filho de não sei quantas mães ao mesmo tempo”.
A esta altura da conversa, o protagonista do programa já era evidente: Rui Rio, e não Ricardo Araújo Pereira.
Ainda sob um tom irónico, e quando se falava do “banho de ética” que o antigo deputado sugeriu em 2017, para a política, Rui Rio virou o centro das atenções: “Tenho estado a reparar em si e acho que o Ricardo tem algum jeito para a política e podia ajudar a dar esta mangueirada: tem perspicácia política, acutilância, comenta ao domingo… E tem jeito para a fantuchada, para a palhaçada”.
Ricardo Araújo Pereira pega na caneca, volta a pousar, olha diversas vezes para o entrevistado.
Rui Rio insistiu: até seria o “padrinho” da entrada de Ricardo Araújo Pereira na política. E, qual O Preço Certo, trouxe mais uma recordação para o programa: um avental – “Se entrar com isto na política, abrem-se as portas todas. É garantido”, afirmou, fazendo uma alusão à Maçonaria.
Depois o assunto foi Lina Lopes, a ex-deputada que deixou o PSD para se candidatar à Câmara Municipal de Setúbal como independente, mas apoiada pelo Chega.
Lina Lopes era uma das grandes apoiantes de Rio, disse Ricardo. Mas o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto voltou a ter resposta à altura: “Tive apoiantes muito, mas muito maiores do que Lina Lopes. Paulo Mota Pinto tinha 1,90m, António Topa Gomes tinha 1,80m e muitos. Não falo em si porque meteu-se nas encolhas, mas podia ter sido um grande apoiante meu”.
Em relação ao Chega: “Tem uma agenda nobre: contra a bandidagem, contra a pedofilia, pelos valores cristãos. Não há coisa mais nobre. Não merecem essa insinuação”.
Mais perto do final, Marques Mendes. Mais ironia: “Foi de uma lealdade, de uma colaboração, domingo a domingo sempre a apoiar-me, era só elogios. Não posso esquecer isso. Ingratidão é uma coisa feia. É que há comentadores que só defendem os amigos e a sua agenda pessoal. Este é um assunto quase comovente. Marques Mendes não foi um grande apoiante meu – foi um grandessíssimo apoiante“.
Ricardo Araújo Pereira ria-se, parava, dizia “muito bem”, olhava para a plateia, hesitava sobre o que dizer a seguir.
Rui Rio é um dos últimos Sociais Democratas do PSD de Sá Carneiro, cuja memória o PSD atual não só não respeita, como mancha e ofende.
o PSD é Socialista, e socialista feroz, o Povo são escravos dos Impostos e o Expediente Juridico (Leis, Decretos, Despachos, etc,) serve para o que eles quiserem e entenderem à revelia de bom senso, do Estado de Direito. E já vem do tempo do Cavaco.
Andam ai na praça publica a enganar o Povoado com “bonzinhos, idoneos e responsaveis” para por detrás a realidade é outra.
Disse o Altissimo: “Não se deixem enganar” .
Quer ser Candidato, mas não quer parecer, então vem com um floreado a disfarcar as suas intencoes, ou seja a dizer que foi obrigado.
Um aldrbao, nasceu aldarbao e vai morrer aldrabao.
E no PSD reunem-se toda essa “classe” de aldraboes.
No PS é só gente séria e ernesta!