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Super Bowl: Banido para sempre por erguer bandeira, Trump goza com Swift, e “a minooor” em uníssono

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CJ GUNTHER / EPA

Os Philadelphia Eagles sagraram-se campeões da NFL 2025

A final do campeonato de futebol americano (NFL) 2025 – o mítico Super Bowl – decorreu na noite deste domingo, nos EUA; e foi, como não pode deixar de ser, um “espetáculo de polémicas”.

Os Philadelphia Eagles sagraram-se campeões da NFL pela segunda vez, ao impedirem um inédito ‘tri’ dos Kansas City Chiefs, que bateram por 40-22 na 59.ª edição do Super Bowl, em Nova Orleães.

No Caesars Superdome, os Eagles, que ao intervalo já lideravam por impressionantes 24-0, repetiram o sucesso de 2018 e vingaram o desaire de há dois anos face aos Chiefs (35-38), que procuravam ser a primeira equipa a vencer três títulos seguidos.

Pittsburgh Steelers e New England Patriots, ambos com seis títulos, são as equipas com mais triunfos no Super Bowl, que os Eagles perderam em 1981, 2005 e 2023, a última vez face aos Chiefs, que contam quatro cetros (1970, 2020, 2023 e 2024).

Mas o Super Bowl foi, como é apanágio, muito mais do que um mero jogo de futebol americano. As polémicas não puderam faltar, naturalmente.

Artista detido por erguer bandeira

Um artista que atuou no intervalo do Super Bowl foi detido em campo depois de desfraldar uma bandeira sudanesa-palestiniana com as palavras “Sudão” e “Gaza” escritas.

A NFL confirmou que o detido fazia parte de uma lista com cerca de 400 artistas que participou no espetáculo durante o intervalo do jogo de domingo, onde a estrela foi o rapper Kendrick Lamarvencedor de cinco Grammys, na semana passada.

“O indivíduo será banido para sempre de todos os estádios e eventos da NFL”, disse o porta-voz da NFL, Brian McCarthy, num comunicado.

O artista subiu para um automóvel usado durante a atuação de Lamar e ergueu a bandeira.

A NFL disse que “o indivíduo escondeu o item consigo e revelou-o no final do programa” e que “ninguém envolvido na produção estava ciente da intenção do indivíduo”.

A Roc Nation, empresa de entretenimento que produziu o espetáculo, disse que o ato “não foi planeado nem fez parte da produção e nunca foi ensaiado”.

O concerto continuou sem interrupções, e até ao momento não houve qualquer confirmação de que a bandeira tenha sido vista durante a transmissão da atuação polémica de Kendrick Lamar.

“A minooooooor”

E diz-se “polémica” porque a bandeira sudanesa-palestiniana não foi a única coisa a causar mau estar no espetáculo do rapper norte-americano.

Especulou-se, durante o fim-de-semana, se Lamar ia cantar a música Not Like Us – que se destacou nos Grammys ao vencer em duas das principais categorias, disco do ano e canção do ano, e melhor interpretação rap, melhor canção rap e melhor vídeo musical. Isto porque a música faz parte de uma quezília, onde Lamar dá a entender que o rapper Drake é pedófilo.

Esta música já motivou, inclusivamente, uma ação judicial por parte do música canadiano, por difamação. Apesar disso, a famosa expressão “a minor” (uma menor) presente na música foi gritada por todo o estádio.

Taylor Swift vaiada; Trump goza

Como era expectável, Taylor Swift apareceu, mais um ano, para apoiar o seu namorado, Travis Kelce, dos Kansas City Chiefs.

Mas, quando surgiu nos ecrãs gigantes do estádio, foi vaiada pelo público.

O presidente norte-americano Donald Trump não perdoou e troçou da situação, dizendo que foram os seu apoiantes a apoiar a artista, que se assumiu, nas eleições presidenciais norte-americanas, apoiante de Joe Biden e Kamala Harris.

“A única pessoa que teve uma noite mais difícil do que os Kansas City Chiefs foi Taylor Swift”, brincou, numa publicação na sua rede social, Truth Social.

“[O movimento de apoio] MAGA é muito implacável”, acrescentou Trump, que também marcou presença no espetáculo.

“Tio Sam” voltou com indiretas

Voltando à atuação de Kendrick Lamar, já que se falou de Donald Trump, a atuação do rapper também teve as suas indiretas políticas.

Logo no início da atuação, surgiu, surpreendentemente, ator Samuel L. Jackson vestido de “Tio Sam” – caricatura nacional dos EUA (como um Zé Povinho em Portugal).

O momento pode ser interpretado como uma crítica às políticas de Trump para acabar com programas de diversidade e inclusão – acrescentando ao facto de um dia antes do evento, a organização ter retirado a zona do relvado um frase que dizia “End Racism” (“Fim ao Racismo”).

Messi, Griezmann e outras estrelas do futebol

Várias estrelas do futebol não-americano também marcaram presença, no Caesars Superdome.

Foi o caso quarteto do Inter de Miami Messi, Suárez, Busquets e Jordi Alba; e dos colchoneros Griezmann e Koke que voaram para os EUA, logo a seguir ao clássico de sábado frente ao Real Madrid (1-1), para ver o Super Bowl.

ZAP //

2 Comments

  1. Então é Kendrick Lamar o nome desse tipo aí? Pensei que fosse um tiktoker genérico qualquer… Que show tenebroso.

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