Amor e chocolate andam de mãos dadas por toda a vila de Óbidos onde, até 3 de maio, o 13º festival Internacional de Chocolate deverá movimentar cerca de seis toneladas de chocolate e atrair milhares de visitantes.
“Só nas esculturas foram utilizadas três toneladas e meia de chocolate, a que se somam os concursos de chocolateria, ‘show cookings’, demonstrações e venda de produtos com chocolate em que deverão ser utilizadas mais cerca de duas mil e duas mil e quinhentas toneladas”, estimou Vitor Nunes, coordenador do Festival Internacional de Chocolate de Óbidos.
Esculpidas desde Dezembro pelos 19 elementos da equipa de Vitor Nunes, as esculturas de grandes dimensões ocupam os três pisos do Museu Abílio e continuam a ser a grande atracção do evento que este ano tem por tema o amor.
Isso mesmo retractam as esculturas em que se destaca a representação de Pedro e Inês de Castro, mas também “uma peça que mostra o amor de uma mãe e de uma filha, o amor mais verdadeiro que existe”, acrescentou Vitor Nunes à agência Lusa.
Já o coordenador-adjunto, Manuel Gomes, sublinha “o detalhe” do mobiliário esculpido em chocolate e diz que “está a revelar-se uma das peças bastante apreciadas” pelo público e que testemunha a mestria da “equipa que dedica ao evento muitas horas por dia, retocando peças, fazendo as demonstrações e produzindo os mais variados produtos gourmet”.
As delícias em chocolate espalham-se este ano por várias ruas da vila onde, pela primeira vez, o festival saiu do perímetro muralhado, num modelo que pretende diminuir as enchentes de público e as enormes filas que têm marcado anteriores edições do evento.
Ao segundo dia do evento (que abriu ao público na quinta-feira) o festival percorria-se sem filas, apesar de locais emblemáticos como a Casa de Chocolate das Crianças já terem recebido, até ao início da tarde “cerca de 300 crianças por dias, entre grupos escolares e visitas individuais”, afirmou a responsável pelo espaço, Patrícia Figueiredo.
Aos mais pequenos, o festival dá a possibilidade de “pôr as mãos na massa” e fazerem pizzas com chocolate que, em Óbidos, são chamadas de “pão do amor” e vão a cozer em “fornos mágicos deixados pelo Pai Natal, aquando do Vila Natal”, explica a mesma responsável.
Nos bastidores do festival, e por enquanto longe dos olhares do público, a equipa de Vitor Nunes, prepara também aquele que o adjunto na coordenação considera “outro dos momentos mágicos” do certame.
“Recebemos hoje dos estilistas os esboços dos vestidos para a passagem de modelos de chocolate e estamos a começar a fazer os adereços”, ainda no segredo dos deuses mas que, adianta Manuel Gomes, “vão ter muitos corações”.
No âmbito da política de descentralização das actividades do festival, a passagem de modelos acontecerá este ano a 2 de maio, na freguesia do Olho Marinho, junto a uma fonte que, reza a história, terá sido local de encontros entre D. Pedro e D. Inês.
Mas, até lá, amor e chocolate continuarão a atrair milhares de visitantes, estimando a organização que pelo certame passem cerca entre 150 mil a 200 mil pessoas.
O Festival Internacional de Chocolate de Óbidos está aberto até domingo, contando, nesta edição, com a novidade de os preços serem diversificados em cada um dos dias, com o objectivo de evitar grandes concentrações ao fim-de-semana e proporcionar mais conforto aos visitantes.
O preço de entrada é de cinco euros às quintas e sexta-feira, sete euros aos sábados e feriados e oito euros ao domingo. As crianças pagam três euros à quinta e sexta-feira e cinco euros aos sábados e domingos.
/Lusa