O Parlamento aprovou esta sexta-feira, na generalidade, seis projetos da maioria PSD/CDS e mais três da oposição (Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes) integrados no pacote de medidas para estimular o aumento da natalidade no país.
Dos projetos provenientes das bancadas da oposição, a maioria PSD/CDS viabilizou com a abstenção um diploma do Bloco de Esquerda para consagrar a “igualdade na parentalidade para proteção das mulheres na maternidade e no emprego”.
PSD e CDS votaram a favor do projeto dos Verdes, estipulando que nenhuma criança pode ficar sem médico de família, e abstiveram-se num diploma do PCP que pretende reforçar os direitos de maternidade e de paternidade.
Com o voto contra de todas as bancadas da oposição, foi aprovado o projeto da maioria PSD/CDS para alterar a lei geral do trabalho, consagrando para os pais funcionários públicos uma nova modalidade de horário de trabalho a meia jornada, com direito a 60% do vencimento.
Foram ainda aprovados projetos comuns a sociais-democratas e democratas-cristãos para a criação de mecanismos de proteção de trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes; para estabelecer a universalidade da educação pré-escolar de crianças a partir dos quatro anos; e para a criação de uma Comissão Especializada Permanente Interdisciplinar para a Natalidade.
A maioria PSD/CDS, apesar de se ter confrontado com a abstenção do PS e com os votos contra do PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes, aprovou ainda uma alteração ao Código de Imposto sobre Veículos, tendo em vista introduzir uma isenção de 60% destinada a famílias numerosas.
Por acordo entre todas as bancadas, baixaram a sede de comissão, sem votação na generalidade, duas resoluções do Bloco de Esquerda, seis do PCP, duas do PS e três da maioria PSD/CDS.
Estas resoluções incidiram sobre temas como primeira infância (BE), preservação de gâmetas de doentes (BE), cuidados primários de saúde de crianças e jovens (PCP), combate às discriminações em função da maternidade e paternidade (PCP), rede pública de equipamentos (PCP), efetivação de direitos sexuais e reprodutivos (PCP), acessibilidade aos tratamentos de infertilidade (PCP), apoio ao arrendamento (PCP), Plano Nacional de Vacinação (PSD/CDS), medidas para reforçar o apoio à criança e à família (PSD/CDS), medidas de promoção da natalidade (PSD/CDS), conciliação entre vida familiar e pessoal (PS) e criação de organismo que tutele as políticas públicas de família.
/Lusa
caça ao voto ?
Mais regalias para eles fazerem mais greves
Uma medida exclusivamente a beneficiar os funcionários públicos. Curioso que agora ninguém venha defender a igualdade! Será que o TC vai declarar esta medida inconstitucional? E 60% por meio dia de trabalho é absurdo… Enfim.
Mais uma para os funcionários públicos, muitos deles já pouco fazem e o que fazem é sem rigor nenhum, quando não nos fazem “brincar às casinhas” com documentos para trás e para a frente, muitas vezes cheios de erros que eles próprios originam e que ainda fazem greves a torto e a direito. A ver se “os têm no sítio” e aprovam leis iguais para o Público e para o Privado? As leis não deviam ser iguais para todos? E afinal não é o privado que paga as contas do sector público? O sector privado, esse sim está muito mal representado, esse que deveria ser o mais valorizado é o que mais sofre com as medidas do governo e as mordomias do sector público. Continuem por esse caminho e ainda nos vamos tornar uma segunda Grécia, um País onde a maioria da população trabalha ou quer trabalhar para o sector público e onde o retorno económico para o País é quase nulo.