Rolex Dela Pena / EPA
Nuno Borges no Open da Austrália
Open da Austrália começou e tornou mais visível uma mudança implementada para 2025: não há qualquer juiz de linha.
A primeira ronda do Open da Austrália não podia ter sido melhor para os tenistas portugueses: Nuno Borges e Jaime Faria ganharam.
O primeiro a vencer foi Nuno Borges. De madrugada (em Portugal), o melhor tenista luso actual levou a melhor sobre o francês Alexandre Muller. O português ainda perdeu o primeiro parcial por 7-6(2), mas depois deu a volta e ganhou por 6-3, 6-2 e 7-5. Quase três horas depois do início do duelo.
Na próxima ronda, Nuno Borges vai defrontar um homem da casa, Jordan Thompson, o australiano 27.º cabeça-de-série que derrotou o alemão Dominik Koepfer.
Jaime Faria, depois de ultrapassar as três rondas de qualificação, venceu todos os sets frente ao russo Pavel Kotov, ganhando por 6-1, 6-1 e 7-5 em apenas 1h46m.
O próximo adversário de Jaime Faria será “apenas” Novak Djokovic, o “rei” dos Grand Slams e considerado o melhor tenista de sempre por muitos analistas. O sérvio ganhou o duelo com Nishesh Basavareddy, dos EUA.
Sem juiz de linha
Quem viu algum, ou alguns dos jogos na Austrália, já terá reparado numa particularidade: menos pessoas em campo.
Estão os jogadores, o árbitro de cadeira e os apanha-bolas. Nenhum juiz de linha.
É mesmo: acabaram os juízes de linha. Agora é tudo feito com recurso à tecnologia, à inteligência artificial. O sistema implementado em cada court avisa imediatamente se a bola está fora ou dentro.
Na verdade, o Open da Austrália (e outros torneios) já começou a aplicar este sistema em 2021, na altura por causa da COVID-19.
Mas este é o primeiro Grand Slam desde que as novas regras da ATP (entraram em vigor: em 2025 deixou de haver juiz de linha em todos os torneios do ATP Tour. Agora é só sistema electrónico.
Na altura, a ATP justificou a sua opção: esta mudança vai “optimizar a precisão e a consistência” nos torneios.
