Cientistas usaram Inteligência Artificial para estimar a idade do cérebro de 739 idosos saudáveis e descobriram que o estilo de vida e as condições de saúde afetam o envelhecimento do cérebro.
Investigadores do Karolinska Institutet, na Suécia, usaram uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) para estimar a idade biológica dos cérebros de 739 idosos a partir de ressonâncias magnéticas.
“O algoritmo é preciso e robusto, mas fácil de usar”, referiu o especialista Eric Westman, professor de Neurogeriatria, citado pelo SciTechDaily. “É uma ferramenta de pesquisa que ainda precisa de mais avaliações, mas o nosso objetivo é que também seja de uso clínico no futuro, nomeadamente em investigações de demência.”
As imagens cerebrais foram complementadas com amostras de sangue para medir lípidos, glicose e inflamação. Os participantes também realizaram testes cognitivos e forneceram determinados dados sobre fatores de estilo de vida, como exercício físico e condições médicas.
A análise revelou que fatores prejudiciais à saúde vascular, como inflamação e altos níveis de açúcar no sangue, estão ligados a cérebros com uma aparência mais velha, enquanto um estilo de vida saudável foi associado a cérebros com uma aparência mais jovem.
“Os fatores que afetam negativamente os vasos sanguíneos também podem estar relacionados a cérebros com uma aparência mais velha, o que demonstra o quão importante é manter os vasos sanguíneos saudáveis para proteger o cérebro, certificando-se, por exemplo, de que o nível de glicose no sangue é mantido estável”, sublinhou a investigadora Anna Marseglia.
O artigo científico com as descobertas foi publicado, recentemente, no The Journal of the Alzheimer’s Association.