(Às vezes) melhores e mais baratos: são estes os principais motivos que fazem com que produtos de marca própria dos supermercados tenham cada vez mais fãs. Em 2023, os portugueses gastaram 8 mil milhões nestes produtos.
Atualmente, as vendas de produtos de marca própria já representam mais de 45% do total, num número que tem vindo a crescer a pulso nos últimos anos.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) foram analisados e detalhados pelo Correio da Manhã (CM), na edição desta segunda-feira.
A grande conclusão destes estudos é que produtos de marca própria têm estado a ganhar muito espaço nos carrinhos de compras dos portugueses.
No ano passado, as vendas globais deste tipo de produtos aproximaram-se dos oito mil milhões de euros em termos de volume de negócios – representando 45,2% dos 17,5 mil milhões totais.
Em média, os consumidores gastam pouco mais de 19 euros cada vez que vão às compras.
Ainda segundo os dados do INE, entre 2011 e 2023, as vendas de produtos de marca própria mais do que duplicaram (+128,0%), crescendo mais do dobro do aumento das vendas no retalho alimentar (+59,9% nesse período) – detalha o CM.
Marca própria ≠ Marca branca
De sublinhar que, embora muitas vezes confundidos, “marca própria” e “marca branca” são conceitos distintos.
Os produtos de marca própria são desenvolvidos e comercializados por uma empresa ou retalhista, que têm uma identidade de marca específica e se destinam a competir diretamente com marcas conhecidas. É o exemplo da marca “Continente” do Continente e da marca “Dia” do Minipreço.
Por seu turno, os produtos de marca branca são fabricados por terceiros e vendidos sob o rótulo genérico de um retalhista.