Enquanto nadava com uma jovem baleia jubarte fêmea, a fotógrafa Rachel Moore captou um extraordinário grande plano do olho da baleia na Polinésia Francesa.
De acordo com Explorersweb, a baleia estava a brincar com alguns golfinhos-rotadores e parecia bastante curiosa em relação ao nadadores na água.
Por isso, Rachel Moore decidiu voltar a entrar na água. Assim que o fez, a baleia — conhecida como Sweet Girl — aproximou-se dela.
“Durante os cinco minutos seguintes, olhámos olhos nos olhos à superfície, com ela a aproximar-se… a poucos centímetros de distância”, recorda Moore.
“Fiz zoom com a minha lente 16-35 mm e quando ela se virou de cabeça para baixo, carreguei no obturador, captando o último raio de sol a iluminar-lhe o olho”, descreve.
“A forma como ela olhou para mim deixou uma marca indestrutível na minha memória“, disse Morre. “Foi um dos momentos mais poderosos e profundos da minha vida“.
A fotografia mostra o olho com mais pormenor do que nunca. Na vida real, o olho tinha o tamanho de uma toranja. A imagem mostra um anel azul elétrico à volta da pupila e a gordura isolante que protege o olho.
Sem culpa da fotógrafa, a história não teve um final feliz. Dias depois, Sweet Girl morreu ao ser atingida por um navio.
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A ilha de Mo’orea, onde a fotografia foi tirada, é famosa pelas suas baleias jubarte. As suas águas são um local de nascimento para as baleias que viajam para a Antártida.
No início deste ano, os grupos indígenas de toda a Polinésia assinaram um tratado histórico que confere às baleias um carácter pessoal. Não as veem simplesmente como animais, mas como uma parte importante da sua história e cultura.
A morte de Sweet Girl suscitou apelos a uma maior proteção. Cerca de 50.000 pessoas assinaram uma petição pedindo a redução da velocidade dos navios na região.
Moore, uma defensora de longa data dos oceanos, concorda e preocupa-se com o comportamento de muitos turistas em relação aos gigantes do oceano.
“O nosso objetivo deve ser sempre o de respeitar estes animais e o seu espaço, observando o seu comportamento sem o perturbar”, afirma. “As baleias estão aqui para descansar, acasalar, dar à luz e alimentar as suas crias. persegui-las só lhes retira a energia de que necessitam durante o seu jejum de seis a oito meses”.
“Nadar com estes seres majestosos é um privilégio, e respeitar o seu espaço é crucial — não há necessidade de perseguir ou forçar intervenções. Em raras ocasiões, as baleias podem optar por interagir nos seus próprios termos”, concluiu.