Presidente declara Lei Marcial na Coreia do Sul para “proteger o país dos comunistas”

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prachatai / Flickr

Yoon Suk-yeol, Presidente da Coreia do Sul

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, declarou uma lei marcial de emergência. A atividade parlamentar está suspensa no país e .

Esta terça feira, o presidente sul-coreano anunciou numa estação televisiva local a declaração da lei marcial, para“proteger o país das forças comunistas da Coreia do Norte”.

Yoon declarou que a decisão de decretar a lei marcial foi tomada para afastar as forças pró-Coreia do Norte do país e para proteger a ordem constitucional liberal.

O presidente disse que não tinha outra escolha senão recorrer à lei marcial, mas não discriminou no discurso quais as medidas específicas que serão adotadas, focando-se mais na crítica à oposição interna e à ameaça norte-coreana.

“Declaro a lei marcial para proteger a República livre da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças anti-estatais pró-norte-coreanas que estão a saquear a liberdade e a felicidade do nosso povo e para proteger a ordem constitucional livre”, afirmou, citado pelo The Guardian.

A lei marcial é um regime temporário decretado pelas autoridades militares num momento de emergência, quando as autoridades civis são consideradas incapazes de funcionar. Teoricamente, é uma medida temporária, mas tem implicações nas liberdades civis.

A lei marcial prende-se com a suspensão da lei civil, restringindo direitos de cidadãos e dando mais poder às Forças Armadas, para que estas possam garantir a segurança e fazer frente a um agressor.

O presidente citou ainda uma moção do Partido Democrático da oposição, que tem a maioria no Parlamento, no sentido de destituir magistrados do Ministério Público e rejeitar uma proposta de orçamento do Governo.

É a primeira vez desde 1980 que a lei marcial é declarada na Coreia do Sul, década em que o governo país se tornou democrático.

“Tanques, veículos blindados e soldados armados com pistolas e facas vão governar o país. A economia da República da Coreia entrará em colapso irreversível. Meus concidadãos, por favor, venham à Assembleia Nacional”, reagiu Lee Jae-myung, líder do partido democrático da oposição, que tem a maioria no parlamento e que se opões totalmente à media.

O próprio partido conservador de que o presidente faz parte censura a medida, e Han Dong-hoon, líder do partido, considerou a decisão “errada”, prometendo “impedi-la com o povo”.

Lee chama os cidadão para a porta do Parlamento ao mesmo tempo em que os meios de comunicação social sul-coreanos, citados pela BBC, informam que o exército do país anunciou a suspensão de toda a atividade parlamentar.

A Agência de Notícias Yonhap afirma ainda que os membros da Assembleia Nacional foram proibidos de aceder ao edifício.

O presidente sul-coreano tem enfrentado, nos últimos tempos, baixos índices de aprovação devido a diversas controvérsias e escândalos (nomeadamente envolvendo a sua mulher, acusada de corrupção — no mês passado, Yoon pediu desculpa pelo comportamento dela).

Yoon também está a ter dificuldades em fazer avançar as sua agenda política no parlamento, uma vez que este é controlado pela oposição.

ZAP //

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3 Comments

  1. Espero que o nosso governo esteja a tirar notas…. os comunistas e as suas manias de tomar o poder a força e forçar toda a população viver na pobreza.

    • “Governo”? Governo é gerir o Pais no Interesse do Colectivo, incluindo os pobres.
      O que temos tido desde o 25/4 são Governos que governam no interesse de grupos e grupinhos e grupelhos.
      Governam na optica do Interesse do Estado, no Capitalismo de Estado, mormente no Arrecadar Receita de qualquer maneira, sem olhar aos prejuizos. Um Governo na Optica do Capitalismo de Estado é um Governo oriundo dos Marxismo. Assim, náo é dificil provar, que o Marxismo está implantado em PT, sob uma capa de aparencias de Democracia.
      Já a Sra. Roberta Metsola veio em pleno parlamento “ensinar” Democracia aos ilustre deputados, esclareceu que as Instituições não são dos Governos, mas sim do Povo e para o Povo. A suas palavras não foram entendidas pela esmagadora maioria, mas eu percebi muito bem o que queria dizer. Foi uma enorme bofetada nos pseudos Democratas. Mas efectivamente as Insituições em PT são do Estado, atendem o Povo como se fosse um FAVOR:

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