Protesto de sapadores não foi anunciado. Há petardos, bombas de fumo e tensão com polícia

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Miguel A. Lopes / Lusa

A manifestação arrancou esta manhã em Lisboa

A manifestação de bombeiros sapadores em Lisboa já rompeu o cordão policial e dirige-se à sede do governo. “Está a arder? Chamem os políticos”, escrevem nos cartazes. Já atingiram um jornalista com um petardo e vão “invadir o que for possível”.

Exibem cartazes com mensagens como “aldrabões” ou “está a arder? Chamem os políticos”. Exigem a revisão da carreira, acertos salariais e ajustes no horário de trabalho a nível nacional. Vêm de todo o país e são pelo menos três centenas numa manifestação em Lisboa não comunicada ao governo que está a assumir contornos tensos.

Os bombeiros sapadores que protestam durante um terceiro momento de negociações entre a classe profissional e o governo já desceram a Avenida de Roma e a João XXI. O seu objetivo é chegar à sede do governo, o edifício da Caixa Geral de Depósitos.

Ao longo do percurso, os manifestantes rebentam petardos e a lançam bombas de fumo vermelho. A polícia tentou fazer um cordão, mas sem sucesso — após terem chegado ao Campus XXI, os “manifestantes romperam cordão policial e dirigiram-se para junto da entrada do edifício na Rua Brito Aranha”, avança a Direção Nacional da  PSP ao Observador.

Segundo essa fonte, a “manifestação não comunicada dos Bombeiros Sapadores” teve “concentração inicial no Quartel do Regimento de Sapadores de Bombeiros de Alvalade, na Av. Rio de Janeiro, seguindo-se desfile até ao edifício do Campus XXI, na Avenida João XXI, número 63”, com vários petardos lançados contra as portas fechadas do edifício.

De acordo com A CNN, um dos jornalistas dessa estação televisiva foi atingido por um petardo lançado pelos bombeiros.

A televisão avança ainda que os manifestantes chegaram mesmo a referir-se à sede do Governo como “a casa dos corruptos” e garantiram que iam “invadir o que for possível”. “Estamos dispostos a tudo pela nossa carreira.”

Entrevistado pela CNN, o bombeiro Ricardo Ribeiro, diz considerar que as propostas do Governo “têm sido ofensivas” e garante que “desde o dia 2 de outubro que o Governo disse que ia fazer tudo para valorizar a carreira, que está congelada desde 2002”.

Condenou a proposta do governo que diz que significaria “baixar o ordenado bruto de ingresso” na carreira, assim como a atribuição de um subsídio de risco mensal de 37,5 euros, “que é completamente ofensivo”.

De acordo com o Expresso, há manifestantes que seguram tochas e protestam com sirenes, apitos e palavras de ordem. Exibem cartazes com frases como “somos heróis do povo esquecidos pelo Governo” e “enquanto salvamos vidas o governo brinca com as nossas”.

O jornal avança ainda que a reunião dos vários sindicatos com o Governo foi suspensa, uma vez que este diz rejeitar negociar com os bombeiros sob “coação”.

Nas zonas próximas ao protesto, o trânsito foi cortado.

ZAP //

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6 Comments

  1. Está a arder? foram petardos dos bombeiros? Parecem delinquentes? Não! São delinquentes aqueles bombeiros que lançaram petardos para prssionar o Governo. Os heróis assim não vão lá!

  2. Outra classe de funcionários públicos que se julga mais importantes do que os outros e por conseguinte julga que criar o caos irá resolver os seus problemas obrigando o governo a ceder a tudo o que eles querem. Sendo assim não haveria necessidade de reuniões de sindicato e governo, e bastaria dizer qual o salário que querem e pronto. O Governo também é culpado por andar a favorecer algumas classes em detrimento de outras.

  3. Estes sapadores,tenham um pingo de decência são piores que claques, até tenho pena do ordenado que auferem, reclamem com a camara de Lisboa estes sindicalistas minam a sociedade

  4. Arriscam a vida, por nós…
    É a policia que apaga os fogos?
    É o exercito que leva infetados aos hospitais?
    É a policia que socorre um acidentado numa rua, auto estrada.
    Foram os policias ou militares que estiveram na frente contra a covid ?
    Quantos bombeiros morreram e morrem, tentando salvar-nos.
    Na época do covid, batiam-lhes palmas…. agora, são escorraçados.
    Se fosse bombeiro, quando houvesse um fogo, metia baixa… como fizeram os polícias no futebol.

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