Monumento nacional há mais de 100 anos, reina o estilo românico-gótico, com perfil arquitetónico de feição quinhentista.
Penedono fica no distrito de Viseu, a nordeste do distrito. A antiga Pena do Dono – daria outro artigo – é sede de concelho.
Há magia no concelho, há saberes – e há poucas pessoas, num concelho com apenas 7 freguesias e que tem menos de 3 mil pessoas no total.
Lá em cima, mais de 900 metros de altitude, Penedono também tem o seu ponto central: um castelo que, provavelmente, muitos portugueses nem conhecem.
No topo de uma montra quase imaculada da era medieval, como descreve a National Geographic, o Castelo de Penedono tem uma planta única no território nacional.
É um monumento militar, de estilo românico-gótico, com perfil arquitetónico de feição quinhentista.
Acredita-se que representa uma construção contemporânea do foral novo, concedido à vila de Penedono por D. Manuel I em 1512, salienta a Câmara Municipal.
Mas já terá mais de 1.000 anos porque os primeiros documentos remontam ao século X.
Tem um formato único, entre os castelos em Portugal: planta hexagonal irregular formada por três paredes grossas.
Ainda se vê uma cisterna sob a torre principal – secção poligonal – e coberta com abóbada de cruzaria de ogivas.
Falar sobre este monumento nacional (desde 1910) é também falar sobre… Os Lusíadas.
Porque terá sido na torre principal que nasceu Álvaro Gonçalves Coutinho, que ficou imortalizado por de Luíz Vaz de Camões no Canto VI, nas lutas pela independência durante o episódio dos Doze de Inglaterra. O “Magriço” de aspecto frágil e franzino.
Álvaro Gonçalves Coutinho destacou-se na batalha de Trancoso, quando o exército português venceu o castelhano. Um episódio que ficou na História.
Natural de Penedono, a sua família ficou com o Castelo de Penedono – por herança fidalga e agradecimento pelos serviços prestados.
Lá perto, no centro histórico, fica um pelourinho que também se destaca junto a pracetas, ruas estreitas e becos. Uma viagem no tempo que se faz pelas calçadas de Penedono.