O que pensam os ucranianos: o Ocidente fica satisfeito por ajudar a sobreviver, não a vencer

Arkady Budnitsky/EPA

Decisão de Joe Biden vai ou não mudar o rumo da guerra? Os ucranianos já estavam a precisar destas armas, avisa especialista.

A Ucrânia tem autorização para atacar a Rússia com mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos da América.

A notícia surgiu neste domingo. Ainda não sendo oficial, o presidente da Ucrânia disse que os ataques não são feitos com palavras. Essas coisas não são anunciadas”. Mas avisou: “Os mísseis vão falar por si“.

Agora lançam-se duas perguntas: vai mudar o rumo da guerra? A Rússia vai responder?

Há uma incerteza em relação à primeira questão. Alguns especialistas consideram que isto vai alterar a guerra entre Rússia e Ucrânia, outros consideram que é só passageiro (já lá vamos) e que nada vai mudar.

Stuart Ramsay acha que esta decisão da Casa Branca é “realmente significativa”, até para o moral das tropas ucranianas – Volodymyr Zelenskyy pedia isto há muito tempo.

“É uma grande mudança por parte dos EUA. E espera-se que Reino Unido e França façam o mesmo em breve”, comentou o especialista da Sky News.

Estes mísseis dos EUA devem ser usados imediatamente em Kursk, onde apareceram muitos soldados da Coreia do Norte para apoiar russos. Só naquela região estarão no mínimo 50 mil soldados.

O povo ucraniano, contou Stuart, acha que os aliados do Ocidente “ficam suficientemente satisfeitos ao ajudar a Ucrânia a sobreviver, não a vencer“.

“Toda a sociedade sente isto, que ninguém está a dar o suficiente para derrotar a Rússia”, continuou o enviado especial a Kiev.

A decisão de Joe Biden pode ser revertida em Janeiro, quando Donald Trump tomar posse como presidente dos EUA.

Mas estes mísseis devem ser usados muito rapidamente, já nos próximos dias, nas próximas semanas: “Os ucranianos já estão a precisar destas armas devido aos ataques da Rússia a posições específicas da Ucrânia”, justificou.

Em relação à resposta da Rússia, reina a incógnita. O presidente Vladimir Putin tinha avisado que um país que apoiasse um ataque à Rússia passaria a ser considerado agressor.

Mas, mesmo em Washington, deverão pensar que este é mais um bluff da Rússia – porque já houve alegadas linhas vermelhas de Moscovo que também foram ultrapassadas neste conflito e nada relevante aconteceu depois.

ZAP //

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