No início de 2025 vai aparecer um “grande modelo de linguagem” em português. Anúncio do primeiro-ministro na Web Summit.
O primeiro-ministro anunciou nesta segunda-feira o lançamento, no primeiro trimestre do próximo ano, de um “grande modelo de linguagem” em português (LLM, sigla em inglês), que considerou “um passo crítico” para o ensino, administração pública ou empresas.
Luís Montenegro falava na abertura da Web Summit, considerada uma das maiores ‘cimeiras’ tecnológicas, que arrancou em Lisboa, na qual, depois de umas breves palavras de saudação em inglês, falou em português.
“Estou a falar português para vos poder dizer aqui e agora, em primeira mão, que no primeiro trimestre de 2025 vamos lançar um LLM português – Large Language Model – para inovarmos em português, preservando o nosso idioma e utilizando a nossa cultura ao serviço da inovação”, anunciou.
Um LLM é um tipo de programa de inteligência artificial (IA) que pode reconhecer e gerar texto, entre outras tarefas.
O chefe do Governo considerou que esta ferramenta será “um passo crítico” que permitirá dar novas respostas em várias áreas.
“Respostas inclusivas: dando a cada aluno um tutor educativo de inteligência artificial adaptado aos nossos currículos para o ajudar a compreender o mundo. Dando a cada cidadão o acesso aos serviços da administração pública de forma mais simples, mais direta e personalizada para responder às suas necessidades”, disse.
Por outro lado, defendeu, tal permitirá “dar a cada empresa a oportunidade de projetar os seus serviços numa era de inteligência artificial também em português”.
“Vamos a isto! Let’s do this! Keep up the great work and enjoy Portugal! (Continuem o bom trabalho e aproveitem Portugal)”, apelou.
Em português, Luís Montenegro aproveitou o grande palco para enfatizar medidas do seu Governo: “Estamos a baixar os impostos para as pessoas e para as empresas, declarámos guerra à burocracia, queremos atrair e reter o talento”.
Carlos Moedas também esteve no primeiro dia da Web Summit. O presidente da Câmara de Lisboa destacou as “14 empresas unicórnio” sediadas na capital: “Estão cá porque acreditámos, porque tivemos a audácia de as convencer a abrirem escritório. Algumas começaram com 10 pessoas, e agora têm 300”.
ZAP // Lusa