Uma nova investigação sugere que os ácidos gordos ómega-3 e o ómega-6 podem reduzir o risco de vários tipos de cancro, nomeadamente no trato digestivo, cérebro e pele.
Um novo estudo, levado a cabo por cientistas da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, sugere que, além de reduzir o colesterol, manter o cérebro saudável e melhorar a saúde mental, os ácidos gordos ómega-3 e ómega-6 podem também ajudar a proteger contra vários tipos de cancro.
Os resultados do estudo foram apresentados num artigo publicado, em outubro, no International Journal of Cancer.
Segundo o SciTechDaily, o estudo analisou dados de mais de 250 mil pessoas e descobriu que níveis mais altos de ácidos gordos ómega-3 e ómega-6 estavam associados a um menor risco de desenvolver a doença.
Enquanto que altos níveis de ómega-3 estavam associados a taxas inferiores de cancro de cólon, pulmão, estômago e outros cancros do trato digestivo, níveis atos de ómega-6 levaram a taxas mais baixas de 14 tipos diferentes da doença, incluindo cérebro, melanoma maligno, bexiga e outros.
Os investigadores observaram também um efeito benéfico mais forte do ómega 6 nos participantes mais jovens, em particular nas mulheres.
Conhecidos como “gorduras saudáveis”, os ácidos gordos ómega-3 e ómega-6 são essenciais para a saúde humana. Estão presentes em peixes gordurosos, nozes e em alguns óleos vegetais.
No entanto, a maioria das pessoas não come alimentos suficientes para atingir as quantidades recomendadas. É por isso que muitos recorrem aos suplementos de óleo de peixe, medicamentos dietéticos bastante populares no mercado.
Estudos anteriores sugeriram, inclusive, que suplementos de ómega-3 podem reduzir o risco de desenvolver colesterol alto e diminuir o risco de doenças cardíacas.
No entanto, os investigadores descobriram que altos níveis de ómega-3 podem estar associados a um risco ligeiramente maior de cancro da próstata.
Assim, “para as mulheres, é uma decisão fácil: comam mais ómega 3″, disse Kaixiong Ye, professor associado da Universidade da Geórgia e autor principal do estudo.