Desilusão? Os dinossauros da “Pompeia chinesa” não morreram por causa de vulcões

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Estranha ou aborrecida? Novo estudo deixa novidades sobre a morte dos dinossauros mais preservados de sempre.

Recuemos a Yixian, a “Pompeia chinesa”. Há 120 milhões de anos havia florestas, lagos e um ecossistema incrível que era o lar de uma diversidade de dinossauros e outras criaturas pré-históricas.

Um novo estudo desafia a teoria popular de que os dinossauros nessa região fossilizaram após um dramático evento vulcânico, semelhante à erupção que enterrou Pompeia.

A formação de Yixian produziu alguns dos fósseis de dinossauros mais completos, muitos com penas e tecidos moles intactos, o que deu forte apoio à teoria de que as aves modernas descendem dos dinossauros.

Até aqui, os cientistas acreditavam que uma série de erupções vulcânicas intensas preservou esses fósseis ao cobri-los rapidamente em cinzas, de forma semelhante às “múmias de cinzas” de Pompeia.

No entanto, esta nova análise sugere que esses fósseis podem, na verdade, representar mortes mais… normais.

Os autores do estudo argumentam que os fósseis de Yixian provavelmente refletem condições ambientais regulares ao longo do tempo, em vez de um evento catastrófico único.

A análise sugere que os dinossauros e outras criaturas podem ter morrido em eventos comuns, como colapsos de tocas ou terem sido enterrados devido a chuvas intensas; e não por causa de vulcões.

A coleção de fósseis de Yixian divide-se em dois tipos principais: esqueletos intactos em 3D encontrados em terra e fósseis achatados descobertos em leitos de lagos.

Este último grupo, embora menos tridimensional, preservou tecidos moles, uma raridade nos registos fósseis.

Algumas criaturas parecem ter morrido pacificamente, com os membros dobrados em posições que sugerem que estavam a dormir, contrastando com os restos humanos de Pompeia, que mostram sinais de uma morte dolorosa.

Foi esta observação que levou os cientistas a reavaliar as teorias anteriores, destaca o Popular Science.

A equipa de investigação analisou grãos de zircão a partir de amostras fósseis e utilizou um método de datação preciso chamado CA-ID-TIMS, revelando que os fósseis datam de há 125,8 milhões de anos e acumularam-se ao longo de cerca de 93.000 anos.

Durante esse período, alterações na órbita da Terra originaram condições mais húmidas, levando ao acumular de sedimentos que rapidamente enterraram as criaturas e bloquearam o oxigénio — um fator-chave na preservação de tecidos moles.

Para os fósseis em 3D encontrados em terra, o sedimento ao seu redor era mais grosso, indicando menos humidade, o que preservou apenas os ossos.

Este padrão sugere que, enquanto os fósseis de lagos foram enterrados em sedimentos mais finos que os selaram, os fósseis terrestres podem ter morrido devido a incidentes como colapsos de tocas causados pelo afrouxamento do sedimento ou pelo pisar de animais maiores.

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1 Comment

  1. No discernimento, dos ocidentais talvez seja mais um bom argumento de acusação aos chineses; Terem-nos comido!, Não me admirava nada!

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