Quatro em cada dez não chegam a guardar 5% do ordenado que recebem. Portugueses “continuam a ter um perfil de investimento bastante conservador”, diz estudo.
Hoje é o dia mundial da poupança, e o estudo “Consumer Sentiment Survey 2024”, da Boston Consulting Group (BCG), a que a Lusa teve acesso, mostra que estas, em Portugal, são praticamente inexistentes.
60% (praticamente 2 em cada 3) dos portugueses só consegue poupar menos de 10% do seu ordenado líquido e 38% não consegue sequer armazenar 5% do que ganha.
Parece pouco, mas é uma ligeira melhoria face ao ano passado: em 2023, eram 41% os portugueses que não poupavam mais de 5% do que recebiam. Ainda assim, tal como no ano passado, só 5 em cada 100 portugueses são capazes de poupar mais de 40% do seu salário.
Ainda assim, aponta o estudo, o rendimento disponível após as despesas das famílias portuguesas tem vindo a decrescer desde 2020, situando-se nos 7,5% no 1º trimestre de 2023, 6,7 pontos percentuais atrás da média da Zona Euro (14,2%).
E para onde vão essas escassas poupanças?
“Quando conseguem poupar, 64% dos portugueses destinam essa fração dos rendimentos para cobrir potenciais imprevistos, 36% para acumular para a reforma, e 30% em viagens. Comprar uma casa faz parte das intenções de investimento da poupança de dois em cada dez inquiridos, seguida de comprar um carro (11%) e gastar noutros bens de consumo (10%)”, escreve-se no estudo.
Os portugueses sentiram que os seus gastos em bens de primeira necessidade os impediram de gastar o mesmo que o ano passado em lazer ou outros bens, como entretenimento fora de casa (que teve uma quebra de 40%), viagens, (-37%) roupa e acessórios (-36%), mobiliário e decoração (-23%), perfumaria e maquilhagem (-22%), tecnologia e eletrónica (-19%) e bebidas alcoólicas (-17%).
A alimentação é o fator que a população mais sentiu ter aumentado os preços, com 64% dos inquiridos pelo estudo a denotá-lo. Também os gastos no veículo pessoal foram sentidos por 44% dos portugueses, e as rendas aumentaram para 42% da população.
A BCG explica também que o português tradicional “tem um perfil de investimento conservador com tendência à alocação de recursos financeiros em produtos de baixo risco, como Depósitos à Ordem e Depósitos a Prazo”.
Os jovens entre os 18 e os 34 anos são os que mais investem em Ações e Obrigações, mas quatro em cada dez portugueses de meia-idade investem em Depósitos à Ordem. Quase metade (45%) da população sénior investe nos Depósitos a Prazo e 36% em Depósitos à Ordem.
Citado pelo jornal SOL, Tiago Kullberg, Managing Director na BCG, explica que esta tendência revela que “estes resultados demonstram que ainda há um caminho a fazer em termos de literacia financeira em Portugal, dando às pessoas mais conhecimento e conforto para diversificar o mix de investimentos e, deste modo, obter melhores retornos a prazo”.
Deixa também uma nota às empresas: “Os portugueses estão com a carteira mais apertada e, por isso, procuram cada vez mais aproveitar campanhas promocionais e estão a gastar mais online onde é mais fácil comparar preço”. Parece que a aposta no digital é o caminho a seguir.
Em vez terem aulas de “géneros” e tentar lavar o cérebro das crianças podiam aulas de gestão de ordenados e aprenderem a gastar menos e não usar cartão de credito .
É , sem duvida, desta porca MISERIA que os jovens, e não sõ, querem sair do Pais. Ora pois claro, ninguem está neste Mundo para andar a rastejar aos pés de Polticos que nem para empregados de quarto serviam