Só 13% dos portugueses quer chumbo do documento, segundo nova sondagem. Muitos apontam o dedo ao primeiro-ministro — mas também considera que é ele quem mais tem trabalhado para o aprovar.
Uma expressiva maioria de 76% dos portugueses defende a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) pela Assembleia da República, revela a mais recente pesquisa do Centro de Sondagens da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público.
Apenas 13% dos inquiridos prefere o chumbo do documento e 11% não respondeu ou não sabe.
Mas em caso de chumbo, os portugueses responsabilizariam o primeiro-ministro, Luís Montenegro, embora o considerem o principal agente na tentativa de aprovação do documento que tem marcado a agenda política nos últimos meses.
A maioria dos portugueses vê a aprovação do Orçamento como “o melhor para o país”. Caso o documento dependa da “não rejeição” dos deputados do PS ou do Chega, ambos os partidos deveriam permitir a sua passagem, segundo o inquérito realizado entre 17 e 23 de outubro.
No entanto, é o PS quem tem maior responsabilidade em garantir a viabilização do Orçamento, de acordo com 79% dos inquiridos, face aos 57% que consideram que o Chega deveria também deixar passar o documento.
A sondagem revela ainda que 50% dos portugueses acreditam que o chumbo do Orçamento não traria benefício a nenhum dos partidos.
Mas 39% identificam um possível beneficiário: o Chega é, nesta pergunta, o partido mais mencionado (18%), seguido pelo PS (13%) e pela coligação AD (11%).
Montenegro, o responsável pelo chumbo
Num cenário de rejeição, 37% dos inquiridos responsabilizariam diretamente Luís Montenegro, com apenas 31% a apontar o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos. Mas curiosamente, apesar de verem Montenegro como o principal responsável em caso de chumbo, 62% dos inquiridos consideram que ele é também quem mais tem trabalhado para aprovar o Orçamento, seguido de Pedro Nuno Santos, com 21%.
E os tabus IRS e IRC?
Durante as negociações do documento, dois temas estiveram em destaque: a proposta de um regime de IRS especial para jovens até aos 35 anos e a redução do IRC para empresas.
Embora ambos sejam considerados importantes, 51% dos inquiridos defendem que seria preferível a implementação simultânea de ambas as medidas.
Maioria não quer novas eleições
Caso o Orçamento seja chumbado, a maioria dos portugueses é contra a realização de novas eleições.
Cerca de 67% dos inquiridos defendem que se deve propor um novo orçamento, ao invés de dissolver a Assembleia, em prol da estabilidade governativa.
O Parlamento inicia esta quarta-feira o debate na generalidade do primeiro orçamento do Governo da Aliança Democrática, com uma certeza: a abstenção do PS, que permitirá a viabilização do documento.
Como é que os Portugueses podem querer a aprovação de um Orçamento de Estado despesista que não serve o Interesse Nacional nem o Povo Português, mas sim os interesses do regime (Presidência, Governo, e partidos políticos)?
Não conheço o OE e por isso, não opino. Que já era tempo de estar decidido, realmente já. Vamos ver o que nos traz.