Cientistas dizem já saber como é que o Universo vai acabar

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As teorias do “big freeze” e do “big crunch” são as mais populares para explicar o fim do Universo. Cientistas apresentam agora o “long freeze”.

Há muito que os cosmólogos debatem o destino final do Universo. As teorias vão desde o “big crunch”, em que o Universo colapsa sobre si próprio, até ao “big freeze”, em que se expande num vazio frio e escuro.

Agora, investigadores dos EUA e da Índia introduziram um novo concorrente na discussão: o “long freeze”.

Esta ideia baseia-se na “energia negra holográfica”, uma teoria baseada no “princípio holográfico”, que sugere que o nosso Universo é essencialmente bidimensional. Este plano de dimensão inferior gera a força da gravidade e a perceção de um espaço tridimensional, tal como uma imagem num holograma cria uma sensação de profundidade. Estes princípios são fundamentais para estruturas teóricas como a teoria das cordas, que tenta explicar os mistérios da gravidade quântica.

Neste modelo, a energia escura pode estar a dissipar-se ao longo do tempo. Embora a energia escura nunca tenha sido observada diretamente, os cientistas acreditam que constitui cerca de 70% do Universo e desempenha um papel central na sua expansão contínua.

Os investigadores por detrás desta teoria, que publicaram o seu trabalho na base de dados de pré-impressão arXiv, colocaram a hipótese de que, se a energia escura holográfica perder constantemente a sua densidade, a expansão do Universo poderia eventualmente abrandar até parar.

Nestas condições, explica o Popular Mechanics, o cosmos entraria num “long freeze”, algo que se traduz por algo como “congelamento longo” em português.

Ao contrário do tradicional “big freeze”, que continua a expandir-se indefinidamente, o “long freeze” marcaria um estado final e estático. Neste Universo congelado, nenhuma energia nova alimentaria as estrelas, que acabariam por se extinguir, mergulhando o cosmos na escuridão. Os buracos negros, tipicamente considerados as últimas grandes estruturas do Universo, persistiriam por um breve período, mas acabariam por se dissipar também.

O estudo é, nesta fase, puramente teórico, não tendo ainda sido revisto por pares. O cenário do “long freeze” diverge das previsões anteriores, propondo uma paragem finita da expansão em vez de uma eterna disseminação de matéria e energia.

Felizmente para nós, espera-se que a atual era de formação de estrelas, conhecida como a Era Estelífera, continue por aproximadamente mais 100 triliões de anos. Seguir-se-á a Era Degenerada, em que apenas persistem restos ténues de estrelas, e depois a Era dos Buracos Negros, que se estima que dure entre 10 duodecilhões e 1 googol de anos após o Big Bang.

Por outras palavras, o “long freeze” não é algo que a humanidade precise de temer tão cedo.

ZAP //

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2 Comments

  1. Será que haverá algum cientista ou cosmólogo que saiba mais sobre o universo que o próprio criador dele (Génesis 1:1)?!. O universo jamais acabará! Por exemplo a terra que faz parte integrante do universo “Deus estabeleceu-a firmemente nos seus alicerces, e ela jamais será abalada, tirada do seu lugar ou será destruída! A terra será sim e para sempre o lar da humanidade” (Salmo 104:5).

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