Seleção esbarra em muralha escocesa

STOP! A Escócia travou a saga de vitórias de Portugal nesta quarta edição da Liga das Nações.

Na partida desta terça-feira em Glasgow, a equipa de Roberto Martínez esteve quase sempre na mó de cima, criou as melhores ocasiões, mas não teve arte nem engenho para derrubar a muralha que os anfitriões ergueram à frente da baliza de Craig Gordon.

E não faltaram ocasiões para o fazer… Desta forma, os “tugas” perderam os primeiros pontos na prova, mas continuam na liderança do Grupo 1 e podem carimbar o apuramento para os quartos-de-final em Novembro.

No outro jogo, Polónia e Croácia empataram a três golos.

Ao contrário daquilo que ocorreu em Varsóvia, Portugal – que surgiu revigorado com seis mudanças no “onze” – não encantou em Glasgow.

É certo que o ascendente luso foi considerável, consubstanciado no número de remates (sete contra dois), na posse de bola (71% versus 29%) e nas acções com a bola na área contrária (12 face a três), isto na primeira metade, mas as dificuldades em furar a teia escocesa foram diversas e o nulo patenteado no marcador ao intervalo não surpreendeu ninguém.

A turma nacional tentou ser mais objectiva após o reatamento, passou a circular a bola com outra rapidez e foi remetendo o opositor para a sua área, porém, faltou definir com outra qualidade, ora era o passe, ora o remate – os lances eram bem gizados, mas faltava sempre… algo assim.

Nos últimos 15 minutos, Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes e Rafael Leão tiveram nos pés ocasiões para furarem o “ferrolho” da Escócia, mas não conseguiram calibrar a mira e derrubar a muralha britânica.

Desta forma, Portugal continua sem vencer em solo escocês em jogos oficiais, mas prossegue na liderança deste Grupo 1 da Liga das Nações A e está bem encaminhado para assegurar uma vaga nos quartos-de-final.

O Jogo em 5 Factos

1. Muita bola

Portugal finalizou o encontro com uma supremacia evidente no que diz respeito ao tempo em que teve a bola. Alcançou os 68% neste item, contra os 32% do adversário.

2. “Assalto” à área contrária

A selecção nacional carregou em busca do golo e alcançou as 46 acções com a bola no interior da área contrária, novo máximo da equipa na prova, quando a média era de 32. Os escoceses obtiveram apenas nove.

3. Pouco acerto na finalização

Os lusos totalizaram 14 remates, porém, apenas enquadraram três, chegando aos 1,5 golos esperados (xG). Os donos da casa fizeram quatro “tiros” à baliza de Diogo Costa, metade foram ao alvo.

4. Centros sem destino

Os comandados de Roberto Martínez utilizaram muitos os cruzamentos de bola corrida, mas foram pouco lúcidos. Em 34 tentativas, somente quatro foram eficazes, uma percentagem de acerto de parcos 12%. Já a Escócia realizou cinco centros e acertou três.

5. Chuva de faltas

O encontro esteve muitas vezes parado, foram imensas as faltas. Portugal liderou com 19 e os anfitriões fizeram 13.

Melhor em Campo

Uma das seis novidades no “onze” e justificou a titularidade. Vitinha tentou pegar no jogo nacional e carimbou três remates, chegou aos 95% de eficácia no capítulo dos passes – acertou 86 em 91 –, em seis passes longos tentados, cinco levaram o destino pretendido.

Registou quatro passes progressivos, 99 acções com a bola, quatro conduções progressivas, oito recuperações de posse e cinco perdas da posse. Por tudo isto, foi o MVP com um rating de 6.6.

Resumo

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