Os restos mortais de Andrew “Sandy” Irvine, um explorador britânico que desapareceu precisamente há 100 anos ao escalar o Monte Evereste, foram finalmente encontrados. Há um pé, uma bota e uma meia que diz “A.C. IRVINE” que podem ajudar a resolver um mistério centenário.
Andrew “Sandy” Irvine, de 22 anos, e o seu companheiro George Mallory desapareceram em junho de 1924 durante uma tentativa de serem os primeiros a alcançar o cume mais alto do mundo, no Monte Evereste.
Permanece, até hoje, o mistério de saber se a dupla chegou a atingir o topo antes de morrer.
Mallory foi encontrado em 1999, mas a máquina fotográfica Kodak que Irvine levava e que poderia ter documentado o sucesso da expedição nunca foi recuperada.
Agora, uma equipa da National Geographic encontraram, no Glaciar Central Rongbuk, no Evereste, aquilo que acreditam ser o pé de Irvine.
Breaking News: Andrew ‘Sandy’ Irvine’s remains possibly uncovered on Everest. A century after the climber disappeared alongside George Mallory, a National Geographic team has made a discovery that may shed light on one of the greatest adventure mysteries in history. More:… pic.twitter.com/4Yy6dQXKmz
— Everest Today (@EverestToday) October 11, 2024
O pé estava numa bota, com uma meia onde se lia o nome “A.C. IRVINE” cosido.
Esta descoberta foi feita a uma altitude mais baixa do que onde foram encontrados os restos de Mallory, sugerindo que a dupla pode ter caído pela montanha.
Irvine e Mallory foram vistos pela última vez em 8 de junho de 1924, quando se preparavam para escalar o cume.
Como conta a Live Science, Noel Odell, outro companheiro de expedição, viu-os brevemente antes de desaparecerem nas nuvens.
Mallory foi encontrado em 1999 a menos de 600 metros do topo, com sinais de uma queda enquanto estava preso a uma corda.
A descoberta do pé de Irvine foi um momento emotivo a equipa na National Geographic liderada pelo realizador Jimmy Chin (vencedor de um Óscar) com a presença dos cineastas Erich Roepke e Mark Fisher.
A descendência de Irvine já se ofereceu para fazer testes de ADN, esperando confirmar a identidade dos restos mortais.
“Vivo com esta história desde os meus 7 anos de idade, quando o meu pai nos contou o mistério do tio Sandy no Evereste”, disse, ao The Guardian, a sobrinha-neta de Irvine, Julie Summers.
Se a máquina fotográfica de Irvine chegar a ser encontrada e revelar imagens do cume, poderá mudar a história do montanhismo, confirmando ou não se Irvine e Mallory foram, de facto, os primeiros a alcançar o topo do Evereste.
Até lá, o recorde oficial pertencerá à dupla Edmund Hillary e Tenzing Norgay, que chegaram ao cume do Evereste em 1953.