Miley Cyrus copiou Bruno Mars? Polémica vai a tribunal, quase dois anos depois

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Bruno Mars/X/Youtube

Artista voltou a ser processada por violação de direitos de autor, agora pela canção “Flowers”, a mais ouvida em todo o mundo em 2023, e que alegadamente copia um hit de Bruno Mars. Quem tem razão?

A cantora Miley Cyrus foi alvo de um novo processo judicial que a acusa de copiar a canção “When I Was Your Man” de Bruno Mars com o seu single de sucesso “Flowers” — a música mais ouvida em 2023 e cujo videoclipe conta com quase 858 milhões de visualizações no Youtube.

A ação judicial foi intentada pela Tempo Music Investments, que reivindica a propriedade de parte dos direitos de autor da canção de 2012 do artista de R&B e Funk, embora o próprio não esteja envolvido no processo.

As semelhanças

A 12 de janeiro de 2023, claramente inspirada pelo hit do artista de 38 anos, Miley Cyrus lançava “Flowers”, alegadamente para se vingar da separação do seu ex-marido, Liam Hemsworth e provar a sua independência.

A canção de Cyrus é um autêntico espelho do tema de Bruno Mars, em que um homem se lamenta por uma separação amorosa. Na música da cantora, uma mulher reforça não precisar de um homem na sua vida.

 

Liam Hemsworth tinha inclusive dedicado publicamente a música de Mars à artista, em 2013, o que evidencia uma ligação de Cyrus com a música de 2012. A música de Cyrus foi lançada… no aniversário do seu ex-marido, quase como se fosse um “presente”.

Na melodia, harmonia, ritmo e até na letra: a semelhança é inegável.

“I should’ve bought you flowers (Eu devia ter-te comprado flores)
And held your hand (E segurado a tua mão)
Shoulda gave you all my hours (Devia ter-te dado todas as minhas horas)
When I had the chance (Quando tive a oportunidade)
Take you to every party (Levar-te a todas as festas)
‘Cause all you wanted to do was dance (Porque tudo o que querias era dançar)”

E a “resposta” de Miley:

“I can buy myself flowers (Eu posso comprar flores para mim)
Write my name in the sand (Escrever o meu nome na areia)
Talk to myself for hours (Falar comigo mesmo durante horas)
Say things you don’t understand (Dizer coisas que não entendes)
I can take myself dancing, yeah (Posso levar-me a dançar)
I can hold my own hand (Posso segurar a minha própria mão)
Yeah, I can love me better than you can (Sim, eu posso amar-me melhor do que tu)”

“Copiou-o intencionalmente”

A gestora de direitos de música alega que “Flowers”, presença constante nas rádios portuguesas, tem semelhanças óbvias com a faixa de Bruno Mars em termos de melodia, harmonia e progressões de acordes.

Argumenta que estas semelhanças são inegáveis e que a canção de Miley copiou “intencionalmente” o artista de 38 anos: diz que “Flowers” não existiria sem o trabalho original deste último.

“É inegável, com base na combinação e no número de semelhanças entre as duas gravações, que ‘Flowers’ não existiria sem ‘When I Was Your Man’”, lê-se no processo, citado pelo The Guardian.

A empresa está a pedir uma indemnização e que a artista de 31 anos seja impedida de tocar ou distribuir a sua canção mais popular.

O processo ainda não foi abordado publicamente por nenhum dos artistas.

Quarto processo na carreira

A recente ação judicial assinala a quarta vez que Miley Cyrus enfrenta alegações de violação de direitos de autor.

Em 2018, o artista jamaicano Michael May, também conhecido como Flourgon, processou-a por causa de seu hit de 2013 “We Can’t Stop”, alegando que copiou a sua música de 1988, “We Run Things”.

Mais tarde, em 2018, Ariella Asher, também conhecida como Yella the Triple Threat, intentou uma ação judicial por causa da canção “23”, que contava com a participação de Miley, alegando que infringia a sua canção de 2012 “J’s On My Feet”. O processo foi arquivado pouco depois.

Em 2022, a cantora e atriz voltou a enfrentar um processo judicial movido pelo fotógrafo Robert Barbera, que alegou que esta tinha publicado uma imagem sua no Instagram sem obter os direitos. O processo foi, no entanto, resolvido.

Tomás Guimarães, ZAP //

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