Físicos da UMinho criam alternativas inovadoras e sustentáveis para substituir, por exemplo, os tradicionais botões.
Os botões fazem parte dos automóveis. Quase ninguém questiona isso, ou pensa nisso.
Mas há físicos da Universidade do Minho que estão a criar sensores inovadores e sustentáveis para substituir, por exemplo, os tradicionais botões do interior dos automóveis.
A investigação do Centro de Física da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) está a produzir sensores na forma de “filmes finos nanoestruturados” com propriedades sensoriais de pressão e temperatura e com aspeto decorativo, nomeadamente na cor.
“É um botão físico, algo entre um botão tátil e um tradicional, e que é instalado no tablier”, explica o líder da equipa, Armando Ferreira, em comunicado enviado ao ZAP.
Os “filmes finos” pretendem ser aplicados em moldes de injeção e moldes de prensagem para a produção de componentes do veículo e em peças plásticas do seu habitáculo.
São feitos com uma tecnologia amiga do ambiente que não requer reagentes nem emite contaminantes, levando à diminuição da pegada carbónica.
Armando Ferreira acrescenta que estas tecnologias vão contribuir para a “transformação digital dos processos e também para a transição ecológica, através de uma utilização mais sustentável dos recursos e do estudo do ciclo de vida dos produtos”.
Este projeto está dentro do consórcio “Fábrica do Futuro – Drivolution”, que visa o recurso a tecnologias de automação, robótica (indústria 5.0) e internet das coisas (IoT), conduzindo a processos mais eficientes, ecológicos e digitais para alcançar produtos de alto valor acrescentado e mais sustentáveis.
As ideias que partirem das academias envolvidas no consórcio irão ser validadas em ambiente industrial, nomeadamente nos grupos Moldit e Volkswagen Autoeuropa.
A criação de uma “Fábrica do Futuro” inovadora visa o recurso a tecnologias de automação, robótica (indústria 5.0) e internet das coisas (IoT), levando a processos mais eficientes, ecológicos e digitais para alcançar produtos de alto valor acrescentado e mais sustentáveis.
Aos parceiros cabe desenvolver os conceitos, promovendo sinergias e a adoção de soluções tecnologicamente avançadas.