Cinco reclusos fogem da cadeia de Vale de Judeus (com uma escada e ajuda externa)

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SNCGP / Facebook

Dois dos reclusos evadidos, captados pelas câmaras de vigilância do estabelecimento prisional

Câmaras de vigilância captaram detalhes da fuga de cinco reclusos do estabelecimento prisional de alta segurança de Vale de Judeus: pelo pátio, com uma escada, a ajuda de três homens que aguardavam no exterior, e um Mercedes à porta.

Cinco reclusos — dois portugueses e três estrangeiros — fugiram este sábado do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Lisboa, anunciou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.

As forças de segurança encontram-se em estado de alerta, e decorrem buscas nas imediações do estabelecimento prisional de alta segurança.

Uma avaliação preliminar, através das imagens de videovigilância, aponta que os cinco homens terão fugido, pelas 10:00, “com ajuda externa através do lançamento de um escada, que permitiu aos reclusos escalarem o muro e acederem ao exterior”, refere a DGRSP. No exterior da cadeia havia dois homens à espera dos detidos.

“Conforme o protocolo, foram feitas imediatamente comunicações devidas aos órgãos de política criminal com vista à recaptura dos evadidos”, acrescenta o comunicado.

Os reclusos fugiram pelo pátio, recorreram a cordas para subir a vedação e terão tido apoio exterior de três indivíduos que terão colocado uma escada para ajudar os homens a saltar a rede que cerca a cadeia. No lado de fora, encontrava-se uma viatura de marca Mercedes que foi usada na fuga.

Em nota enviada às redações, a DGRSP confirma a fuga e aponta a identidade dos fugitivos: dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer.

Fábio Fernandes Loureiro, conhecido como Fábio ‘Cigano‘, de 33 anos, foi condenado a 25 anos, pelos crimes de tráfico de menor quantidade, associação criminosa, extorsão, branqueamento de capitais, injuria, furto qualificado, resistência e coação sobre funcionário e condução sem habilitação legal.

Fernando Ferreira, de 61 anos, foi condenado a 25 anos pelos crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa, furto, roubo e rapto; já Rodolf Lohrmann, de 59 anos, cumpria pena de 18 anos e 10 meses pelos crimes de associação criminosa, furto, roubo, falsas declarações e branqueamento de capitais.

Mark Roscaleer, de 39 anos, foi condenado a 9 anos, pelos crimes de sequestro e roubo, e Shergili Farjiani, de 40 anos, tinha sido condenado a 7 anos, pelos crimes de furto, violência depois da subtração e falsificação de documentos.

Dois dos reclusos são reincidentes na fuga, diz o Expresso. “Antes estiveram detidos em Monsanto, outra prisão de alta segurança, de onde já tinham tentado fugir”, adianta ao jornal uma fonte ligada às investigações.

No momento da fuga “os reclusos estavam sozinhos no pátio e uma das câmaras estava desligada, porque o guarda que estava encarregue da vigilância abriu a porta, foi processar as visitas e cuidar de outras tarefas burocráticas”, contou ao Expresso uma outra fonte ligada à investigação.

Presidente acompanha o caso

O Presidente da República afirmou que está a acompanhar desde o primeiro minuto o caso de fuga. “Estou a acompanhar a situação, desde o primeiro minuto, e, portanto, a acompanhar as informações que vierem a chegar, e espero que sejam boas, uma vez que é uma situação que é sempre indesejável, naturalmente.

“Esperemos que seja resolvida e enfrentada o mais rápido possível”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.

Interrogado se considera que este caso tem implicações para a segurança do país, o chefe de Estado respondeu: “Não sei, vamos ver. A informação que temos ainda da evolução dos acontecimentos é muito curta, tem horas”.

“Vamos deixar ver, para depois saber o que é que se passa, e o próprio Governo, tendo dados disponíveis, não deixará de informar os portugueses, espero“, acrescentou.

De acordo com a DGRSP, foi aberto um processo de inquérito interno, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção, coordenado pelo Ministério Público.

Acionada cooperação policial internacional

O Sistema de Segurança Interna, SSI, informou entretanto que foi “agilizada a cooperação policial internacional para a captura dos cinco reclusos” que fugiram do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no distrito de Lisboa.

Em comunicado, o gabinete do secretário-geral do SSI salienta ainda “a estreita cooperação e coordenação entre as diversas entidades nacionais”, tendo o SSI feito reuniões hoje à tarde com a Polícia Judiciária, PSP, GNR e Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais para “partilhar informações“.

“Alertadas para a situação pela DGRSP, logo que tomaram conhecimento, a GNR, a PSP e a PJ desencadearam, nas suas esferas de responsabilidade, todas as diligências consideradas adequadas à ocorrência em causa”, acrescenta o comunicado.

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. Estranha actitude, hoje viram uma carrinha, os guardas correram atrás dessa carrinha para proceder à idêntificação da mesma, não seria mais eficas de carro? porque a pé sabiam que seria impossivel. Porque razão não saiu de imediato uma viatura para efectuar a idêntificação, estranho!

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