Concessionárias querem 550 milhões de euros do Estado por causa da pandemia

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As empresas exigem indemnizações milionárias ao Estado pelas perdas de receita resultantes da redução de tráfego durante os confinamentos causados pela pandemia.

As principais concessionárias de infraestruturas de transportes em Portugal estão a reclamar do Estado um total de 546,4 milhões de euros como compensação pelas perdas financeiras causadas pela redução do tráfego durante o período pandémico. Além das compensações financeiras, algumas destas concessionárias estão a solicitar também a extensão dos seus contratos de concessão.

A Brisa, concessionária das principais autoestradas do país e a mais antiga em operação, apresentou o pedido mais elevado até agora, requerendo 221,5 milhões de euros para cobrir o impacto da diminuição do tráfego entre 2020 e 2022. Além disso, a Brisa está a solicitar um prolongamento do contrato de concessão por um período adicional de um ano, 11 meses e 11 dias, após a data prevista de término em 2035, revela o Correio da Manhã.

A ANA, gestora dos principais aeroportos portugueses, também entrou com uma reclamação substancial, exigindo 210,9 milhões de euros. A concessionária aeroportuária avançou com uma “ação arbitral”, invocando o direito à reposição do equilíbrio financeiro dos contratos de concessão.

Outra concessionária, a Concessão Rodoviária do Oeste, está a pedir uma compensação de, pelo menos, 70,5 milhões de euros. Em alternativa, sugere a prorrogação do contrato de concessão por mais dois anos e oito meses. Este pedido foi reportado pela UTAP, que acompanha a execução financeira destas concessões.

Adicionalmente, a Concessão do Douro Litoral está a pedir a extensão do seu contrato de concessão por 42 meses como forma de reequilibrar as contas.

Estes pedidos somam-se a outros já apresentados até ao final de 2023, que totalizam 43,5 milhões de euros, provenientes de quatro concessões rodoviárias.

Agora, cabe ao Estado avaliar estas reclamações e determinar a melhor forma de proceder, num contexto em que as finanças públicas também foram fortemente impactadas pela crise pandémica.

ZAP //

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9 Comments

  1. Ou seja, se rende e se ganha guita, porreiro. Se não rende o estado – isto é, os nossos impostos – paga e ganha-se guita na mesma.
    Assim também eu sou capaz de ser um empresário de sucesso!…
    Que banda de bandalhos…

  2. Quem tem de pagar as indemnizações do seu bolso é o Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, e o ex-Primeiro-Ministro, António Costa, foram eles os responsáveis pelos “confinamentos”.
    Em Portugal andamos a dar subsídios a empresas que não fazem e não querem trabalhar, tudo isto é pago com o dinheiro dos Portugueses que financia o Orçamento do Estado.

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  3. E quem paga os prejuízos que os utentes têm pelo mau piso da maioria das Auto Estradas? Cambada de bandalhos! Isto é o resultado de ex políticos irem para presidentes dessas concessionárias. Tenham VERGONHA!

  4. Nada contra se for para todos os que ficaram prejudicados por imposição do Estado, se for só para alguns e especialmente quem pode gastar milhares ou milhões na justiça, não.

  5. Temos de pedir indemnização a Brisa, quando faz as obras na auto estrada e prejudica os utentes, como foi agora na zona de Alhandra e Vila franca DE Xira, cambada de gulosos, o pais dos subsídios.

  6. Eu também exijo ao Estado uma indemnização por causa da pandemia. Por conta dos confinamentos, fiquei sem vera minha namorada várias noites, tendo isto resultado num prejuízo emocional incalculável, mas se o Estado me indemnizar em 500.000 euros por danos morais e outros, não se fala mais nisso. Como dizia o Alberto jardineiro, mas está tudo grosso ou quê?

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