Com a ajuda de dois banhistas, Polícia Marítima de Portimão resgatou este sábado um golfinho em dificuldades. A duas horas de distância, no domingo, um alerta de tubarão impôs bandeira vermelha.
Este fim-de-semana trouxe calor a Portugal e, como seria de esperar, o povo correu para a praia para desfolegar.
Em Lagoa, no Algarve, não foi diferente, mas além dos banhistas, também a Polícia Marítima apareceu na praia da Senhora da Rocha, depois de receber um alerta por volta das 11 horas deste sábado, informa a Autoridade Marítima Nacional (AMN) numa publicação no Facebook.
Com a ajuda de dois populares, elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Portimão resgataram um golfinho que se encontrava em claras dificuldades na água, em zona rochosa perto da praia.
O animal foi devolvido ao seu habitat natural e parte do seu salvamento foi captado em vídeo pelas autoridades.
A duas horas e meia de distância, este domingo, os banhistas apanhavam um enorme susto na praia do Tamariz, no Estoril.
Aquilo que aparentava claramente ser um tubarão imediatamente na entrada do mar causou o pânico na hora de almoço, por volta das 13 horas. Os nadadores-salvadores hastearam a bandeira vermelha e obrigaram os banhistas a sair imediatamente da água.
“Estava na areia e ouvi o alerta de que havia um peixe muito grande no mar”, disse um banhista ao Correio da Manhã.
No entanto, tudo se tratou de um falso alarme: o animal medronho era um espadarte azul, com cerca de dois metros, que se atreveu a conviver com os populares.
Falso alarme para tubarão obriga banhistas a saírem do mar na praia do Tamariz em Cascais https://t.co/YAFO5vphJu
— Correio da Manhã (@cmjornal) August 18, 2024
Mas não entreguemos os banhistas presentes à ignorância. Na verdade, é relativamente comum confundir o espadarte por um tubarão, uma vez que têm semelhanças superficiais como barbatanas dorsais ou até a forma do corpo.
Há até quem se aproveite muito dessas parecenças.
Perante a escassez de espadarte no mar, o tubarão torna-se a cara feia de muitas fraudes na restauração. É rotulado e vendido com uma identidade falsa para se tornar mais lucrativo: em comparação com o espadarte, um quilo de tubarão chega a valer 12 vezes menos, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza.
Cambada de idiotas e de ignorantes, mais quem lhes dá cobertura, o tubarão de Cascais é uma foca!