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Google declara guerra ao Grupo 1143 de Mário Machado após Youtube suspender neonazis

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Rodrigo Antunes / Lusa

O militante nacionalista Mário Machado

Canais do movimento extremista no WhatsApp e Telegram bloqueados pela gigante tecnológica — só o X (ex-Twitter) se safou.

Depois do Youtube, todas as aplicações de conversas descarregadas através da Google Play Store e da App Store impediram o acesso aos grupos do neonazi Grupo 1143 , liderado por Mário Machado, devido à propagação de discurso de ódio e incitamento à violência.

A gigante tecnológica bloqueou o acesso aos principais canais do grupo no Telegram — onde a atividade do grupo ultranacionalista é mais frequente — através de aplicações descarregadas na Google Play Store e na App Store, destinadas a restringir a atividade do movimento extremista, avança ao Jornal de Notícias este sábado fonte da Google.

A ação faz parte de um esforço mais amplo para moderar conteúdos que promovam a violência e o ódio, em conformidade com as políticas rigorosas da Google.

O impacto do bloqueio foi sentido principalmente no Telegram, a principal plataforma de comunicação do grupo. Desde quarta-feira, vários membros do 1143 ficaram impossibilitados de aceder ao canal principal da organização: receberam uma mensagem que indicava que o canal não podia ser exibido nas aplicações do Telegram da Google Play Store.

A proibição estendeu-se a outras aplicações, como o WhatsApp, mas não incluiu a plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter).

Grupo encontrou alternativas. Canais continuam ativos

Apesar das restrições impostas pela Google, a atividade do 1143 não foi completamente eliminada.

O grupo terá encontrado rapidamente alternativas para contornar a ação da gigante tecnológica, como o download do Telegram através de fornecedores alternativos. Além disso, os mais de 20 canais regionais criados pelo grupo nos últimos meses continuam ativos, permitindo a continuação da disseminação de conteúdos anti-imigração e a organização de ações.

Membros neonazis reclamam

A resposta a estas medidas por parte do grupo foi imediata: muitos membros reclamaram da impossibilidade de aceder ao canal principal.

Mário Machado, em resposta, criticou a Google e aconselhou os seus seguidores a procurarem alternativas para continuar a participar nas atividades do grupo, criticando o ato de “censuraQ da Google.

A repressão da Google ao grupo 1143 segue-se a uma série de eventos que trouxeram a organização para o centro das atenções.

No dia 12 de agosto, o JN revelou que o 1143 tinha multiplicado a sua presença no Telegram em mais de 20 grupos, onde eram divulgadas informações falsas e ameaças a imigrantes. No mesmo dia, o YouTube, também pertencente à Google, suspendeu a conta do grupo após uma investigação conduzida pelo “The New York Times” sobre a extrema-direita na Europa.

No dia seguinte, o Bloco de Esquerda defendeu o desmantelamento do grupo 1143 e questionou o Governo sobre as medidas a serem tomadas. De seguida, o jornal francês “Libération” noticiou a expansão do grupo com base nas informações divulgadas pelo JN.

Esta série de eventos culminou com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, a ordenar a instauração de um inquérito para apurar a possível participação de polícias e militares nas atividades do grupo.

ZAP //

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2 Comments

  1. O discurso de ódio está mais em comportamentos, caso de abrir portas a uma invasão de marginais ou a promoção do aborto (matança de Inocentes), do que em palavras!
    Ou haverá maior extremismo, do que o genocídio de Inocentes bebés?

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