Um estudo recente permitiu descobrir que suplementos de ómega-3 reduzem o risco genético de níveis elevados de colesterol total, LDL e triglicerídeos.
Os suplementos de óleo de peixe são uma indústria multibilionária, com cerca de duas em cada 25 pessoas a tomar estes populares medicamentos de ómega-3.
Agora, um novo estudo da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, pode encorajar uma nova população a começar a olhar para estes suplementos também: pessoas com predisposição genética para colesterol alto.
Segundo o EurekAlert, os cientistas usaram dados genéticos de mais de 441.000 participantes e calcularam uma pontuação para prever a probabilidade genética de altos níveis de colesterol total, colesterol LDL alto (frequentemente referido como colesterol “mau”), triglicerídeos e colesterol HDL (ou colesterol “bom”).
“Avanços recentes em estudos genéticos permitiram-nos ser capazes de prever o risco genético de alguém ter colesterol alto”, explicou Yitang Sun, do Departamento de Genética. “Mas a previsão atual tem espaço para melhorias porque não considera as diferenças individuais nos estilos de vida, como tomar suplementos de óleo de peixe.”
O estudo permitiu à equipa descobrir que os participantes que disseram tomar suplementos de óleo de peixe apresentam níveis de lípidos no sangue mais baixos do que o previsto, especialmente para colesterol total, LDL e triglicerídeos.
Isto significa que o estudo mostra que considerar estilos de vida melhora a previsão genética e que os suplementos de óleo de peixe podem neutralizar a predisposição genética ao colesterol alto.
Não é segredo que o colesterol alto é prejudicial, dado que as artérias começam a endurecer e o risco de ataque cardíaco ou derrame aumenta drasticamente.
Só nos Estados Unidos, os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças estimam que mais de 86 milhões de adultos norte-americanos – ou cerca de um em cada quatro – têm colesterol alto. Outros milhões correm o risco de padecer desta condição devido a uma variedade de fatores, incluindo um que não podem controlar: a genética.
Apesar de uma dieta saudável e exercício físico poderem ajudar a conter os danos para a saúde, é para as pessoas cujas famílias têm histórico de colesterol alto que as descobertas do estudo são particularmente interessantes.
As descobertas foram publicadas, em julho, no American Journal of Clinical Nutrition.