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Travão aos tuk-tuks: depois do Porto, Lisboa vai ter novas regras

Ajay Suresh/Flickr

Tuk-tuks em Lisboa, Portugal.

Lisboa vai avançar com regulamento para os tuk-tuks na cidade, com redefinições dos locais de paragem, depois de o Porto anunciar que vai proibi-los no centro histórico.

Pouco mais de uma semana depois de a autarquia do Porto confirmar que vai proibir a circulação de tuk-tuks no centro histórico da Invicta, a partir de 2026, Lisboa está finalmente a tomar medidas para regulamentar a atividade destes transportes, presença cada vez mais marcante no turismo da capital.

Uma reunião com representantes da Câmara Municipal, a Associação Nacional dos Condutores de Animação Turística (ANCAT), a Polícia Municipal, a EMEL e a PSP está agendada para a próxima quarta-feira e será decisiva para avançar com a criação de regras com vista a uma “melhor gestão do espaço urbano e fluidez do tráfego nas zonas de maior afluência”, confirma a autarquia ao Público esta terça-feira.

Face às crescentes queixas da comunidade sobre a desordem e conflitualidade gerada por estes veículos (especialmente em zonas altamente ‘recheadas’ de turistas como a Graça, o Rossio e o Miradouro das Portas do Sol), os seus locais de paragem vão ser redefinidos — e restringidos.

A ideia é aumentar a disciplina na circulação e evitar a saturação das áreas mais frequentadas, como o Miradouro da Senhora do Monte e outras zonas turísticas. “O foco é aumentar de forma ordenada e restringir o estacionamento face ao número de locais que existem atualmente e que foram determinados pelo anterior executivo em 2015”, confirma fonte camarária ao matutino.

O regulamento de 2015 determinava horários de circulação entre as 9h e as 21h e a criação de 116 lugares de paragem, mas a sua aplicação tem sido inconsistente. A nova regulamentação promete corrigir estas falhas.

A Câmara Municipal quer, no entanto, assegurar uma convivência harmoniosa entre os tuk-tuks, o tráfego rodoviário e a comunidade local.

A ANCAT irá “dialogar de forma positiva” com a autarquia e apresentar propostas que “vão ao encontro dos objetivos no que diz respeito a regras, disciplina de ocupação do espaço urbano e mobilidade”, garante o presidente, Frederico Duarte de Carvalho. A ideia da reunião é regular a atividade, mas sem prejudicar a atividade económica das empresas.

“Somos os embaixadores da cidade, cidadãos de Lisboa, e pertencemos a um grupo de pessoas que promovem a cultura e dinamizam a economia”, reforça o presidente da associação.

ZAP //

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