Desta vez, a vítima trocou as bebidas. Violador drogou-se a si próprio

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ZAP // NightCafe Studio

Um violador acabou por por provar inadvertidamente do seu próprio veneno  quando a sua vítima se apercebeu do seu plano para a drogar e trocou as  bebidas.

Há alguns meses, Kevin Knox, de 33 anos, já a tinha violado, deitada na sua cama, incapaz de resistir, depois de ele lhe ter drogado a bebida com comprimidos para dormir.

Mas, desta vez, Olivia (nome fictício) estava preparada, tomou o assunto nas suas próprias mãos, e enviou o seu agressor para um período de repouso de 12 anos atrás das grades.

Knox conheceu Olivia num site de acompanhantes, e disse-lhe que lhe pagaria 1750 libras (cerca de 2000 mil euros) por um encontro — embora não tivesse intenção de o fazer.

Segundo o procurador Gareth Roberts , que está a processar o caso, Knox foi ao apartamento de Olivia em agosto do ano passado “com a intenção de fazer sexo, quer ela gostasse ou não e quer ele pudesse pagar ou não”.

Knox colocou-lhe um comprimido para dormir na bebida, deixando-a entorpecida e incapaz. Depois, conta o Metro, violou-a na sua própria cama.

Dois meses mais tarde, Knox usou um número diferente e disse chamar-se Danny, mas Olivia reconheceu-o e resolveu tratar do assunto pelas suas próprias mãos.

Durante um novo encontro, Knox serviu outra vez as bebidas, mas Olivia aproveitou um momento de distração e consegui trocar os copos. Knox acabou por ingerir a bebida adulterada. “Desta vez, numa estranha reviravolta dos acontecimentos, Knox acabou por se drogar“, explicou Gareth Roberts.

Quando a droga começou a dar sinais de ter feito efeito, Olivia deixou Knox numa bomba de gasolina próxima, mas não regressou ao seu apartamento — foi apresentar queixa na polícia.

Quem lá voltou, algum tempo mais tarde, ainda drogado, foi Knox — que entrou por uma janela e pegou uma faca da cozinha. Vendo o apartamento vazio, acabou por sair de novo.

A polícia encontrou-o mais tarde a vaguear pleas ruas, aos tropeções, com a faca.

Knox foi então detido e submetido a testes de análises de sangue, que identificaram no seu organismo a mesma droga que tinha sido encontrada no corpo de Olivia após o seu primeiro ataque.

O britânico foi agora julgado num tribunal de Liverpool.

“Os pais dele estão hoje no tribunal, e várias pessoas forneceram referências que falam do outro lado do arguido — um homem de família respeitável, um trabalhador esforçado e uma pessoa em quem se pode confiar”, assegura o seu advogado, Simon Christie.

Knox tem quatro condenações anteriores por oito crimes, incluindo roubo.
Em 2016, foi sujeito a uma ordem de restrição por comportamento sexual de risco em relação a adolescentes e jovens do sexo feminino e pelos seus interesses sexuais inadequados.

“O réu nunca teve intenção de pagar nada à vítima. Envenenou-lhe a bebida da forma que ela descreve e usou de violência para ter relações sexuais.”, considerou o juiz, Ian Harris.

“As testemunhas dizem que é uma ótima pessoa e que é honesto, digno de confiança e útil na sua comunidade. Pelas minhas observações, não o considero honesto, prestável ou digno de confiança”, concluiu.

Kevin Knox foi agora condenado a uma pena de prisão de 12 anos, e a constar no  registo de criminosos sexuais para o resto da vida.

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