Os diamantes em laboratório são cada vez menos um segredo das grandes empresas de joelharia e atraem cada vez mais clientes. São mais acessíveis, sustentáveis, e quem não gostar já tem solução: os diamantes “premium”.
Os diamantes criados em laboratório estão em crescimento, no mercado.
Segundo a Wired, estas pedras representaram 18,5% das vendas em 2023, com a previsão de ultrapassar 20% em 2024.
Além de serem mais acessíveis, um dos principais objetivos dos diamantes criados em laboratório é eliminar as práticas mineiras prejudiciais.
Clientes agradecem
Apesar de serem mais ecológicos, estes diamantes não são tão lucrativos para as empresas. Para se ter uma noção, o preço por quilate caiu cerca de 90% entre 2019 e 2023.
Por outro lado, esta acessibilidade e cunho ecológico fazem com que os mais “exigentes” ou “requintados” vejam estas pedras com menos valor, preferindo diamantes que impliquem um custo elevado.
“Premium” é solução
Para atrair clientes que valorizam a exclusividade, as empresas de diamantes laboratoriais estão a desenvolver modelos de diamantes “premium”.
Ainda assim, como refere a Byte, as empresas que se dedicam à produção desta linha mais exclusiva de diamantes têm planos de sustentabilidade.
O laboratório Unsaid, por exemplo, diz ser neutro em termos de carbono e utilizar ouro e platina reciclados.
A joalheria suíça LOEV é outra empresa que se preocupa com a produção sustentável, ambicionando mesmo ser a primeira a lançar uma coleção de jóias suíça, utilizando fontes de energia renováveis e contrariando as críticas sobre a sua pegada de carbono. De acordo com a Wired, a empresa cultiva diamantes utilizando energia hidroelétrica, solar e de biomassa.
A Pandora também apresentou recentemente uma nova coleção de diamantes e pérolas sustentáveis – e admite que já o começa a fazer por necessidade.
“Para obter a quantidade de diamantes com a qualidade que queremos, só seria viável e sustentável se os cultivássemos em laboratório”, disse Martin Pereyra Rozas, diretor-geral da Pandora para a América Latina e Ásia-Pacífico, citado pela Exame.
De acordo com a mesma revista, um diamante cultivado em laboratório tem menos 95% de emissões de carbono do que um diamante extraído.