Doença afecta centenas de crianças portuguesas por ano. Não costuma criar grandes problemas e não costuma voltar. Mas…
Quem tem uma criança na escola, já sabe que a varicela vai aparecer. Ou pouco antes de entrar na primária, ou já no ensino primário.
A varicela é muito comum entre os mais novos, afecta centenas de crianças portuguesas por ano, mas raramente é algo grave.
Aparecem as famosas manchas vermelhas/rosas na pele, depois bolhas com líquido claro, e pouco mais. Pode haver febre, mas muitas vezes a criança escapa a essa parte.
No geral, pode haver contágio um ou dois dias antes dos primeiros sintomas. Os sintomas surgem 10 a 14 dias após a exposição (até 21 dias).
Não costuma ser preciso ir para o hospital. No entanto, há casos mais graves e é preciso estar especialmente a três infecções, salienta a clínica médica Familiaris.
As infecções que dão sinal de alerta são: pele (muito vermelha, inchada ou desproporcionalmente dolorosa ao toque), pulmonar (tosse, respiração rápida, dificuldade a respirar), e cerebral (alterações de comportamento e prostração).
Há ainda um outro cenário que pode ser preocupante: quando a varicela ataca um bebé recém-nascido.
De resto, normalmente a criança fica afastada da escola durante uma semana, ou pouco mais, e depois regressa.
Esta doença viral está relacionada com o vírus Varicella-Zoster. Depois da doença, a pessoa fica imune para sempre…ou não.
Não há unanimidade na medicina, mas há quem assegure que há pessoas (casos raros) que têm varicela mais do que uma vez.
Sobretudo em dois contextos: se a primeira vez foi logo nos primeiros meses de vida, ou num adolescente ou adulto com sistema imunitário fraco.
Nesses casos reaparece em formato de herpes vírus [que está na origem da varicela], mas há médicos ou cientistas que acham que o segundo diagnóstico de varicela é errado porque há outras infecções virais com um quadro clínico semelhante ao da varicela.
Se a varicela só aparecer quando somos crescidos, é pior: podem surgir dores de cabeça e mal-estar mais intensos, erupção cutânea mais severa, ou situações mais complicadas como pneumonia, encefalite (inflamação do cérebro) e infecções bacterianas secundárias nas lesões cutâneas. Aqui sim, muitas vezes o doente segue para o hospital.
A vacina contra a varicela não é recomendada para crianças saudáveis – mas é recomendada para adolescentes e adultos susceptíveis, especialmente aqueles que nunca tiveram varicela, ou que têm um sistema imunitário enfraquecido. Esta vacina pode ser eficaz mesmo após exposição ao vírus, enquanto não há sintomas.