Chéquia ficou fora do Europeu 2024 depois de um jogo (muito) duro contra a Turquia. Vermelho aos 19 minutos, “forçados a ir para o chão”.
Os portugueses estiveram obviamente centrados no Geórgia 2-0 Portugal. Mas, à mesma hora, estava a decorrer outro jogo deste grupo do Europeu 2024. Ou estava a decorrer uma batalha num estádio de futebol?
A Turquia derrotou a Chéquia por 2-1 num jogo que teve três golos e… 20 cartões.
Os golos só foram apontados na segunda parte: Hakan Çalhanoglu marcou o primeiro, Tomáš Souček empatou e Cenk Tosun apontou o golo da vitória apenas aos 93 minutos.
Os cartões foram mostrados… durante o jogo praticamente todo. Começaram aos 11 minutos, acabaram aos 97 minutos.
Com um vermelho logo aos 19 minutos (duplo amarelo precoce) exibido a Antonín Barák, que condicionou o jogo checo. Depois foi um “festival de cartões, com mais 15 amarelos.
No total, as estatísticas da UEFA mostram dois vermelhos e sete amarelos para os checos, três deles a jogadores que nem jogaram – por protestos. Mais 11 amarelos para os turcos, um deles a um atleta que nem saiu do banco.
Mal se ouviu o apito final, houve confusão entre diversos jogadores – e cartão vermelho exibido ao checo Tomás Chory, além de dois amarelos, um para cado.
Para o capitão da Chéquia, não há dúvidas: o árbitro István Kovács foi “vaidoso” e quis ser a personagem principal do jogo.
Tomáš Souček, que também viu um cartão amarelo, acha que o árbitro teve “decisões infelizes”, salientando que o cartão vermelho aos 19 minutos foi um problema para a sua selecção.
Numa actuação do árbitro que no geral “não foi justa”, Souček disse que ficou “surpreendido com o quão diferentes as decisões foram”, estando mais habituado a jogos de futebol mais “soltos e fluídos”, em vez de tantas interrupções.
“Um jogador turco ia para o chão e ele apitava sempre. Aí, és forçado a ir para o chão também“, apontou.
Em declarações ao jornal Sport, o checo lembrou que neste Euro 2024 era suposto os árbitros falarem só com os capitães. “Mas este árbitro foi tão vaidoso que nem quis falar connosco”.
“Um juiz certo é aquele que não pode ser visto. Mas este queria ser a personagem principal, o que lamentamos. A ofensa está aí”, continuou o internacional checo.
O árbitro deste duelo, István Kovács, foi acusado de “matar uma eliminatória” da Liga dos Campeões, entre Barcelona e PSG. Há apenas dois meses, um “irritado” Xavi não gostou de o árbitro ter expulsado Ronald Araújo… aos 28 minutos.
O capitão da Chéquia também acha que os árbitros nos jogos com Portugal e Geórgia prejudicaram os checos.
Já o seleccionador da Chéquia teve uma postura diferente. Ivan Hašek recusou culpar a arbitragem neste “fracasso”. Só atirou: “Os árbitros e os jornalistas têm sempre razão“.
A Chéquia ficou no último lugar do Grupo F, com apenas 1 ponto. Está fora do Europeu.