Planeta orbita, a 55 anos-luz de distância, uma anã laranja, mais adequada à vida do que as anãs-vermelhas. Temperatura e posição do HD 48948 d tornam-no potencialmente mais habitável, conclui novo estudo.
Dentro do leque de planetas semelhantes à Terra que se encontram em zonas habitáveis, o HD 48948 d é o mais próximo do Planeta Azul, concluiu um estudo publicado esta segunda-feira no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Em órbita de uma estrela de tipo K chamada HD 48948, que se encontra a 55 anos-luz de distância na constelação Camelopardalis, esta Super Terra é um dos três planetas vistos a orbitar a estrela.
O planeta encontra-se na chamada “zona Goldilocks” da sua estrela, nem muito próximo, nem muito longe, a uma distância a que as temperaturas permitem a existência de água líquida — um ingrediente essencial para a vida tal como a conhecemos.
Muito maior do que a Terra, o HD 48948 d orbita a sua estrela a uma distância comparável à de Vénus em relação ao Sol, de acordo com um comunicado da Universidade de Exeter.
No entanto, a natureza mais fria e mais fraca da sua estrela de tipo K sugere que este planeta mantém uma temperatura mais parecida com a da Terra, tornando-o potencialmente habitável.
A posição do planeta relativamente à sua estrela — que o poupa de ser tidalmente bloqueado (situação em que um lado está sempre virado para a estrela) e minimiza a exposição a erupções estelares esterilizantes — coloca o HD 48948 d numa posição favorável e mais suscetível à habitação humana.
Os outros dois planetas detetados são provavelmente demasiado quentes para albergar vida: um deles orbita a uma distância extremamente próxima e completa um ano em apenas 7,3 dias.
A estrela hospedeira deste planeta, sob observação há uma década, tem cerca de 67% da massa do Sol. O novo estudo sugere que o seu movimento é influenciado pela atração gravitacional dos seus planetas, o que indica a sua presença e órbitas.
Estrelas do tipo K como HD 48948 são menos maciças que o nosso Sol, mas mais maciças que as abundantes do tipo M (anãs vermelhas), o que as torna potencialmente mais adequadas para a vida.
Estas estrelas são também mais frias, mais ténues e mais conhecidas, por vezes, como anãs laranja, devido ao seu brilho nessa parte do espetro. Dada a idade da estrela, com 11,5 mil milhões de anos, houve tempo suficiente para a vida evoluir potencialmente em planetas dentro do seu sistema.
Os dados atuais não permitem determinar o tamanho do planeta, apenas a sua massa, o que poderia indicar um mini-Neptuno em vez de uma Super-Terra rochosa — são necessárias mais investigações para verificar a habitabilidade do planeta.